Aviso de Epediente
O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) informa que nesta quinta (05/08), aniversário da cidade de João Pessoa, estará FECHADO. O atendimento normal de funcionamento retornará na sexta-feira (06/08) das 11h às 16h.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) informa que nesta quinta (05/08), aniversário da cidade de João Pessoa, estará FECHADO. O atendimento normal de funcionamento retornará na sexta-feira (06/08) das 11h às 16h.
Nas Olimpíadas de Tóquio, as competições de hipismo e pentatlo moderno contam com médicos-veterinários nas comissões técnicas. A utilização de equinos na pratica desses esportes é um dos destaques no Japão e em outros campeonatos dessas modalidades. Esses animais são tratados cada vez mais como atletas e submetidos a treinamentos, assim como seus cavaleiros, para melhorar o desempenho físico e mental.
Para conhecer um pouco mais sobre a rotina dos profissionais que cuidam desses valiosos animais, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) promove, na próxima quinta-feira, 5 de agosto, às 18h, (horário de Brasília), direto de Tóquio, uma live no instagram do CFMV, com Rogério Saito, médico-veterinário da equipe da Seleção Brasileira de Hipismo (Salto) há 11 anos.
Rogério Saito vai contar sobre sua carreira e os desafios nos cuidados desses cavalos. Ele já participou três jogos panamericanos, três campeonatos mundiais, três copas do mundo e mais de 30 copas das nações. Esta é sua terceira olimpíada.
Os equinos, explica o médico-veterinário, exigem atenção peculiar e individual, com cuidados rigorosos, como treinamento, fluidoterapia, fisioterapia, tratamento de imunidade, alimentação, adequação ao ambiente, transporte, exames periódicos, medicação, quarentenas e cautela em relação ao comportamento e ao estresse.
O hipismo envolve competições individuais e em time. É o maior esporte praticado com cavalos no mundo inteiro, tendo sua estreia na Olimpíada de 1900. Atualmente três médicos-veterinários compõem as equipes de hipismo: além de Saito (salto), completam o grupo Paulo Eduardo Limongi (equitação) e Alexis Ribeiro (adestramento).
Conecte-se! Será às 18h, na quinta-feira (5) no Instagram do CFMV!
Assessoria de Comunicação do CFMV
Os integrantes da 348ª Sessão Plenária Ordinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) aprovaram a Resolução CFMV n° 1.402, que institui as diretrizes gerais de privacidade e proteção de dados pessoais no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs. A norma foi publicada hoje (30/07) no Diário Oficial da União e está de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) – Lei nº 13709/2018, já em vigor e que prevê aplicação de sanções, a partir de 1º de agosto. Diretores e conselheiros se reuniram dias 28 e 29 de julho, na sede do CFMV, em Brasília (DF).
“A LGPD inaugura uma nova cultura de privacidade e proteção de dados no Sistema. Os profissionais inscritos têm a garantia de que suas informações estão seguras no nosso cadastro. Ou seja, certeza de que seus dados não serão vazados e utilizados para finalidades não autorizadas”, destaca o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida.
Ao apresentar a o texto da resolução, a vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Fernandes Almeida, explicou que o documento foi feito com contribuições dos regionais. “A proposta é extremamente salutar, por ser um importante marco, voltado para o respeito, a preocupação e segurança com os dados pessoais de todos aqueles que ao CFMV e aos CRMVs que confiam seus dados, especialmente, os médicos-veterinários e zootecnistas”, disse.
Outros assuntos que nortearam os debates foram o novo organograma do CFMV, reformulações orçamentárias dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), boletim financeiro, processos administrativos e o Manual Nacional de Conduta do Fiscal do Sistema CFMV/CRMVs. O manual é um guia preliminar que pretende padronizar e orientar as condutas dos fiscais em âmbito nacional, servindo de apoio à atuação com procedimentos mais uniformes em todo o país.
Abertura
Na abertura da reunião, o presidente do CFMV detalhou os trabalhos desenvolvidos na autarquia durante o mês de julho e apresentou a agenda política do conselho, com as ações de articulação com os poderes Legislativo e Executivo. O presidente descreveu, especialmente, as medidas tomadas em relação ao Projeto de Lei (PL) nº 7.036/2017, que limita a 10% o conteúdo do curso de graduação de Medicina Veterinária ofertado na modalidade a distância. Abordou, ainda, o esforço do CFMV para retirar emendas inseridas de última hora na Medida Provisória (MP) nº 1040/2021, conhecida como “MP da modernização do ambiente de negócios no país”.
“A educação a distância (EaD) na Medicina Veterinária é inaceitável para os cursos de graduação. Trabalhamos constantemente para defender os interesses da sociedade e dos médicos-veterinários e zootecnistas no Congresso Nacional e na Casa Civil”, disse ele, que, logo após a abertura, apresentou o novo organograma do CFMV, aprovado pelos participantes.
Fiscalização
O assessor técnico da Presidência do CFMV, médico-veterinário Fernando Zacchi, exibiu a proposta do Manual Nacional de Conduta do Fiscal do Sistema CFMV/CRMVs. “É um norteador para a atividade do fiscal, um documento dinâmico e nada hermético, que não pretende exaurir todas as possibilidades, cabendo constantes atualizações”, destacou.
A previsão é que o Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR) organize treinamentos para todos os CRMVs. “Vamos mostrar aos fiscais seus deveres, princípios éticos e a conduta desejável ao fiscalizar”, disse Almeida. A publicação deve passar por revisão antes de ser submetida para aprovação, na próxima sessão plenária, prevista para os dias 23 e 24 de agosto.
Conselhos Regionais
Diretores e conselheiros aprovaram as reformulações orçamentárias de 2021 dos CRMVs Maranhão, Bahia, Rondônia, Rio Grande do Norte e Acre. Referendaram as reformulações dos estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Pernambuco e acataram a prestação de contas de apoio financeiro às despesas fixas de Tocantins.
Por unanimidade, os integrantes da plenária referendaram Valéria Rocha Cavalcanti, presidente do CRMV-PB, como observadora das eleições do CRMV-RS, no primeiro turno, já realizado em 20 de julho. Para o segundo turno, em 19 de agosto, irá Marcos Vinícius de Oliveira Neves, presidente do CRMV-SC. Já o primeiro turno da eleição do CRMV-MS, em 13 de setembro, terá a presidente do CRMV-PA, Nazaré Fonseca de Souza, como delegada observadora.
Participação
Como representantes da diretoria, participaram o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida; a vice-presidente, Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida; o secretário-geral, Helio Blume; e o tesoureiro, José Maria dos Santos Filho.
Completaram o grupo os conselheiros efetivos Célio Pires Garcia, Júlio Cesar Rocha Peres, Marcelo Weinstein Teixeira, Olízio Claudino da Silva, Paulo de Araújo Guerra e Marcílio Magalhães Vaz de Oliveira (este, em 29/7).
Participaram da plenária, de forma presencial, representantes dos estados do Espírito Santo – Virgínia Teixeira do Carmo Emerich (presidente); Douglas Severo Silveira (vice-presidente); e Augusto Marchon Zago (tesoureiro). Pelo Rio Grande do Norte, integraram a reunião Raimundo Alves Barrêto Júnior (presidente); Nirley Vercelly Lopes Formiga (vice-presidente); José Arimateia da Silva, secretário-geral; e Valéria Veras de Paula (tesoureira).
On-line
A reunião foi acompanhada, virtualmente, pelos presidentes dos regionais de Alagoas, Annelise Castanha Barreto Tenório Nunes; do Pará, Nazaré Fonseca de Souza; e de Roraima, José Ricardo Soares da Silva, bem como pela vice-presidente de Santa Catarina, Silvana Giacomini; e pela secretária-geral de Tocantins, Joseanne Cademartori Lins.
Transparência
Vinte alunos de Medicina Veterinária do curso Bioética e Medicina Legal da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) presenciaram, de forma remota, as decisões na tarde do segundo dia de reunião. “É uma oportunidade de nos aproximarmos dos estudantes e de eles entenderem como funciona o Sistema CFMV/CRMVs. Trabalhamos para a sociedade, com ética e transparência dos atos públicos”, disse o presidente do CFMV.
“É uma profissão bonita, pois trabalhamos com a vida, não só animal, mas vida humana e ambiental. A Medicina Veterinária é de extrema importância à sociedade. Vocês são o futuro. De vocês depende a qualidade do serviço que será ofertado à sociedade. Absorvam os conhecimentos e aproveitem as oportunidades. O estudo não para. Temos que nos aprimorar sempre. O que rege o mercado, hoje, é a competência dos profissionais”, aconselhou Ana Elisa aos estudantes.
Leia também:
Posicionamento do CFMV sobre o PLV nº 15 da MP n° 1.040/2021
Vice-presidente do CFMV participa de reunião sobre a MP nº 1040/2021
Assessoria de Comunicação do CFMV
O novo site Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) já está funcionando e você já pode conferir as novidades.
Seguindo a mesma identidade visual do CFMV, a página do Regional está mais moderna e os conteúdos foram reorganizados para facilitar o acesso às informações, de acordo com as diretrizes da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Além da reorganização do conteúdo para facilitar o acesso, o site novo apresenta um layout responsivo, que se adapta a diferentes dispositivos como smartphones, tablets, computadores, notebooks e outros. A nova página do Conselho também pode ser acessada na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e em outros dois idiomas, inglês e espanhol.
O conselheiro do CRMV-PB, Méd. Vet. Glenison Dias, participou ontem (28/07) do programa Saúde Master da TV Master @masterizando .
Durante a entrevista Glenison falou sobre a falcoaria em prol do controle biológico e educação ambiental.
Assista a entrevista através do canal do YouTube https://youtu.be/0UJmUoxMSng
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está com quatro consultas públicas abertas que são de interesse dos profissionais. Uma delas será encerrada nesta semana e as outras seguem abertas até agosto para recebimento de contribuições. Participe!
Análise de risco
Em manual proposto pelo ministério, as importações de animais e seus produtos ficam condicionadas à realização de análise de risco de doença, infecções ou infestações para o país importador. As medidas sanitárias de proteção devem ser aplicadas com base em guias e recomendações elaboradas pelas organizações internacionais de referência, desde que tais procedimentos não constituam uma restrição injustificada ao livre comércio internacional. As diretrizes sobre essa análise de risco de importação de animais estão em consulta pública até o dia 16 de julho.
Gordura Láctea
Até o dia 23 de agosto, podem ser enviadas as contribuições para o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade para a Gordura Láctea de Uso Industrial, sendo vedada sua destinação direta ao consumidor final. De acordo com a proposta, os estabelecimentos terão um ano para a atualização do registro dos produtos e atendimento aos requisitos estabelecidos.
Abate de suínos
O Mapa também está recebendo contribuições, até 29 de agosto, para a consulta pública sobre os formulários e procedimentos a serem apresentados ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) pelos abatedouros de suínos registrados no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa). Atualmente, de acordo com o ministério, há 87 frigoríficos registrados sob SIF, responsáveis pelo abate de 40,7 milhões de cabeças de suínos por ano.
Não comestíveis
Na mesma data, o Mapa encerra a consulta pública sobre trânsito e certificação sanitária de subprodutos animais não comestíveis. A minuta de portaria viabiliza a certificação sanitária internacional, sob os aspectos de saúde animal, de produtos derivados de matérias-primas ou tecidos animais que não são passíveis de uso na alimentação humana. São exemplos: insumos farmoquímicos ou produtos de uso laboratorial extraídos dos tecidos animais, como heparina, sulfato de condroitina, fios de sutura, implantes de uso cardíacos, soro fetal e sais biliares, entre outros.
Como contribuir
Para participar de qualquer uma das consultas públicas, é necessário se cadastrar no Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman) do Mapa. Ao acessar a ferramenta, basta clicar no menu “Consulta Pública” e depois em “Participar”. Selecione o ato normativo sobre o qual deseja opinar e, a partir daí, já é possível fazer proposições e respectivas justificativas.
Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA).
Assessoria de Comunicação do CFMV
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública virtual para debater o Projeto de Lei (PL) nº 7.036/2017, que permite que 10% do conteúdo do curso de graduação de Medicina Veterinária seja ofertado na modalidade a distância. De autoria do deputado licenciado e médico-veterinário Onyx Lorenzoni, o PL determina que as aulas remotas deverão ser restritas a conteúdos de formação geral. O pedido para a realização do debate, na manhã desta segunda-feira (12), foi feito pela presidente da comissão, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e contou com a participação do relator da matéria, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o médico-veterinário Francisco Cavalcanti de Almeida participou da audiência e defendeu que a Medicina Veterinária é uma profissão extremamente técnica, tendo foco social, econômico e político, necessitando de várias atividades práticas, o que torna a educação a distância (EaD) inaceitável para os cursos de graduação. “Cuidamos de todo o reino animal, considerando o bem-estar e a sanidade dos rebanhos. Não somos contra a tecnologia, mas a educação a distância para a graduação, não, isso é uma afronta”, enfatizou.
Preocupado com a qualidade do ensino, Almeida destacou que, hoje, os cursos deixam a desejar e os números do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) comprovam. O Brasil tem 474 cursos homologados, sendo 459 presenciais, oferecendo 68 mil vagas, e 15 EaD, com 24 mil vagas autorizadas. “O Enade 2019 analisou apenas 215 e só 16 cursos conseguiram nota 5″, afirmou.
O presidente aproveitou a audiência para reivindicar que o conselho participe, junto com o Ministério da Educação (MEC), da homologação de novos cursos de Medicina Veterinária a partir de critérios técnicos. “Vemos cursos sendo autorizados sem condições de formar profissionais de qualidade e fica evidente que o ensino privado só visa à mercantilização”, pontuou.
Como conselho profissional, ressaltou o trabalho em benefício da sociedade e a responsabilidade de mostrar o resultado prático do Enade. “Sentimos o avanço de processos éticos pela falta de conhecimento, especialmente dos formados em cursos particulares. Não somo inimigos, mas estamos fiscalizando o produto que eles oferecem e hoje deixam a desejar”, ponderou Almeida.
O CFMV não é contra o avanço da tecnologia nas estruturas educacionais, mas defende que seja revogada a Portaria MEC nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019, que estabelece o percentual de até 40% de oferta de carga horária na modalidade a distância nos cursos presenciais. “Presencialmente, seriam apenas 2.600 horas para estudar o reino animal como um todo e isso é muito pouco para aprender as minúcias de cada espécie. Queremos um curso com 6 mil horas presenciais e o último ano de estágio profissional na área que o estudante escolher atuar”, disse Almeida, que ainda argumentou que as instituições de ensino devem ter autonomia e o professor deve decidir o momento conveniente para os encontros virtuais com os alunos.
Para atestar a qualidade dos egressos, o CFMV propõe a criação do exame nacional, coordenado e executado pelo CFMV, para aferir o que o mercado educacional está oferecendo para atender as exigências da sociedade. “Podemos fazer a avaliação até por especialidade: cardiologia, odontologia, dermatologia, mas o generalista também será contemplado”, garantiu.
O presidente encerrou sua fala destacando que a Medicina Veterinária é uma profissão diferenciada da medicina humana, uma vez que, além da segurança sanitária como missão privativa do médico-veterinário, lida com diversas espécies de pacientes que não falam. Além da saúde animal, os médicos-veterinários compartilham a responsabilidade pela saúde humana e pela preservação ambiental, trabalhando de forma harmônica pelo tripé da saúde única, conceito reconhecido por organismos internacionais.
Sem percentual em lei
O presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Joaquim José Soares Neto, defendeu que o PL não fixe um percentual de ensino a distância. “Por experiência, sabemos que, em vez de ajudar, esse percentual pode acabar sendo um entrave no futuro e pode não ser prudente estabelecê-lo em lei”, disse.
Para Neto, o foco deve ser na garantia das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da Medicina Veterinária, aprovadas pela Resolução CNE nº 3, de 15 de agosto de 2019. “É reconhecido que cada área de formação tem suas especificidades e elas devem ser respeitadas. Na Medicina Veterinária, a formação prática é muito valorizada e isso já está nas DCN, que são recentes, avançadas e modernas. A Medicina Veterinária é uma área da saúde e os alunos têm de ter contato prático e presencial com os animais. Não há como a tecnologia superar essa necessidade presencial. Estamos passando por processo tecnológico, sim, com mudanças e impactos para a área educacional, mas está garantido na legislação que atividades práticas devem ser presenciais”, reconheceu.
Nessa mesma linha, seguiu o vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Carlos Longo. “As DCN garantem atividades práticas presenciais, seja em espaços profissionais ou laboratórios. Ao mesmo tempo, há mudança de comportamento e a sociedade, em geral, tem outra percepção sobre a usabilidade de tecnologia quando ela é usada para agregar valor ao cidadão”, contextualizou.
Segundo Longo, com as mudanças geradas pela pandemia, dificilmente um aluno terá disposição para ficar duas horas em sala de aula para algo que poderia ser feito on-line. Para ele, o mundo migra para uma educação híbrida e a tecnologia chega para encurtar tempos, espaços e ganhar saberes. “Uma boa lei, que proteja ao cidadão, tem de obrigar que as instituições cumpram as DCN. Mudança com qualidade para a nossa sociedade, sem amarras das quais iremos nos arrepender num futuro próximo”, defendeu.
Para o presidente da Abed, estabelecer um percentual para interação com a tecnologia pode ser um problema, pois o avanço tecnológico é rápido demais. Ele afirma que uma lei pode ser um atraso, travar o desenvolvimento e impactar a inclusão social. “Queremos garantir a qualidade da educação, não um percentual de mais ou menos tecnologia. Devemos respeitar as DCN e as atividades virtuais, sem comprometer as práticas obrigatórias. Defendemos que o aluno possa analisar uma peça 3D em aula virtual, antes de ir ao laboratório”, exemplificou.
MEC
Para debater e subsidiar a oferta de cursos na modalidade a distância, o diretor da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (SESU/MEC), Eduardo Salgado, disse que ministério tem um grupo de trabalho para propor novas políticas e estratégias. O objetivo é estudar formas de flexibilizar o acesso à educação para quem trabalha, permitindo o aprendizado de maneira remota. De qualquer forma, assim como o conselheiro do CNE, Salgado concorda que estabelecer um percentual em lei “pode dificultar a oportunidade de educação em Medicina Veterinária. Queremos aumentar o fomento às ferramentas tecnológicas de inovação voltadas para a aprendizagem, mas seguimos defendendo as DCN, assim como o CNE”, assegurou.
Parlamento
O PL segue em debate na Câmara dos Deputados e, para a presidente da Comissão, o desafio é estabelecer as estruturas de monitoramento e acompanhamento. “Não tenho restrição a EaD, mas temos preocupação com as perdas de conteúdos por conta de estruturas precárias, seja falta de cobertura de internet ou de equipamentos”, constatou Dorinha.
A deputada reconheceu o quanto o país precisa avançar em tecnologia, mas também em arcabouço de acompanhamento. “Nossa preocupação é com a qualidade dos egressos dos cursos de graduação. Reconhecemos um processo de expansão tecnológica, mas também precisamos garantir que não haja cursos ultrapassando os 40% a distância e sabemos que existem”, observou.
A professora questionou qual seria a estrutura do MEC para garantir esse monitoramento, haja vista o percentual reduzido de amostra do Enade. A parlamentar disse apoiar o CFMV na realização do exame nacional nos moldes do da Ordem dos Advogados do Brasil. “Julgamos ser uma ferramenta importante e queremos avaliação de duas mãos. A pandemia nos deu oportunidades de avanço tecnológico, mas não podemos perder o foco na qualidade”, constatou.
Em paralelo, o relator do PL revelou preocupação com os dados do Enade apresentados pelo presidente do CFMV. “Os dados de notas baixas no ensino privado nos preocupam e precisamos de melhoria em todos os segmentos da educação brasileira”, assinalou Cavalcante.
O deputado garantiu ter feito um relatório alinhado com o autor do projeto e que está aberto ao diálogo para chegar a uma proposta equilibrada. “Quero assumir o compromisso com todos para, nesta semana, buscar a melhor equalização, sem produzir irresponsabilidade com a vida animal, mas buscando um ponto de encontro que considere o importante avanço do desenvolvimento tecnológico, mas, é claro, com responsabilidade com a causa animal”, concluiu.
Assessoria de Comunicação do CFMV, com informações da Agência Câmara de Notícias
A presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB), Méd. Vet. Valéria Cavalcanti, participou ontem (07/07) do programa Saúde Master da TV Master @masterizando.
Durante a entrevista Valéria falou sobre diversos assuntos dentre eles atribuições do Regional e as diferentes áreas de atuação do médico veterinário.
Assista a entrevista através do link https://youtu.be/AQrKFFG9rbY
As fiscalizações do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) seguem na capital e no interior do Estado atuando no cumprimento das legislações vigentes e qualidade dos serviços prestados à sociedade. Durante o primeiro semestre de 2021, foram inspecionados 767 estabelecimentos.
As principais situações encontradas no período foram: empresas sem registro e sem responsável técnico junto ao CRMV-PB, vendendo medicamentos veterinários e ração, petshop com contrato de responsável técnico vencido, empresa com registro junto ao CRMV-PB, mas sem contrato de RT homologado, consultório sem registro e sem RT, estabelecimentos veterinários em desacordo com a Resolução CFMV 1275/19 e empresas com registro cancelado no CRMV-PB por ordem judicial, mas continuam vendendo medicamentos veterinários e rações.
Data anual instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 6 de julho é o Dia Mundial das Zoonoses. Para a Medicina Veterinária, é uma oportunidade para reforçar a relevância do médico-veterinário no combate às zoonoses, doenças naturalmente transmitidas dos animais para seres humanos e causadas por vírus, bactérias, fungos, protozoários, helmintos ou rickéttsias. As mais conhecidas, entre essas enfermidades, são: raiva, leishmaniose, esporotricose, febre maculosa, teníase/cisticercose, hidatidose, brucelose, tuberculose e mormo.
Embora muitas vezes negligenciadas, as zoonoses geram impactos deletérios não só à saúde humana, com alto índice de mortalidade, como também à economia. Por quê? Porque a ocorrência dessas doenças pode causar perdas no rebanho, interrupção no processo produtivo e nas importações e exportações de produtos e subprodutos de origem animal (carnes, leite, pescado, ovos, produtos de abelha e todos os derivados dos itens citados).
Sob a ótica da saúde pública, essas enfermidades precisam ser prontamente controladas, já que algumas são altamente letais ou incapacitantes, sendo a raiva o exemplo mais conhecido, pela alta letalidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), 60% das doenças infecciosas humanas são zoonoses e 75% dos agentes de doenças infecciosas no homem são de origem animal. Além disso, a cada cinco doenças novas no homem que surgem por ano, três são de origem animal, bem como 80% dos agentes com potencial de uso bioterroristas são patógenos zoonóticos.
“Essas zoonoses, suas mudanças clínicas e mutações de seus patógenos apresentam, em geral, maior potencial pandêmico, pelo desconhecimento das enormes variedades advindas desses agentes, do retardo na identificação de casos e do isolamento dos próprios agentes para vigilância genômica”, alerta o médico-veterinário Nélio Batista de Morais, presidente da Comissão de Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV).
Saúde única
Ao cuidar, simultaneamente, da saúde animal, humana e ambiental, o médico-veterinário aplica na prática o conceito da saúde única, agregando um conhecimento ampliado sobre doenças potencialmente pandêmicas.
Morais explica que a urbanização dos territórios rurais, o extrativismo em áreas selvagens, as constantes incursões humanas em ambiente silvestre preservado, o turismo ecológico e a domesticação de animais silvestres, entre outros fatores, podem levar agentes etiológicos – antes naturais de animais, principalmente, selvagens – a se adaptarem ao organismo humano por meio de mutações.
“A febre amarela, por exemplo, é uma doença com transmissão constantemente vigiada em área silvestre. Qualquer alteração em seu equilíbrio é monitorada, visando evitar uma possível transmissão urbana sustentada. Isso também ocorre com outras zoonoses e arboviroses, cujos vetores são os artrópodes da classe insecta. Dentre as arboviroses de maiores desafios à saúde pública, destacam-se a dengue, chikungunya e zika, além da ameaça da ocorrência sustentada de transmissão da febre do Nilo”, explica.
O médico-veterinário destaca que a promoção da saúde pública e a prevenção de novas pandemias passam pela integração do trabalho de médicos-veterinários com profissionais de diferentes áreas da saúde, como médicos, biólogos, farmacêuticos e outros.
“É fundamental ultrapassar a barreira que separa essas áreas e permitir que os conhecimentos, ferramentas e abordagens gerados em uma área acelerem o progresso de outra e resultem em respostas mais eficientes para a promoção da saúde pública”, afirma, lembrando que a ação dos médicos-veterinários e as zoonoses não podem ser negligenciadas.
Onde atua o médico-veterinário na saúde pública:
Vigilância Ambiental
– Promover o conhecimento, a detecção e a prevenção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana. Assim, realizam ações de vigilância, prevenção e controle das zoonoses e doenças transmitidas por vetores, como a dengue e outras arboviroses.
– Identificar condições socioambientais propícias à proliferação de animais peçonhentos, venenosos, pragas urbanas e animais sinantrópicos, bem como realizar a vigilância das populações humanas expostas aos fatores de riscos ambientais não biológicos.
Vigilância Epidemiológica
– Promover o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos, captando dados e realizando uma análise da situação.
Vigilância Sanitária
– Promover ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
Saúde do Trabalhador
– Realizar atividades que se destinam, por intermédio das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visando à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
Educação em saúde
– Promover o processo educativo de construção de conhecimentos em saúde para aumentar a autonomia das pessoas, estimulando-os a agir conscientemente diante de cada ação do cotidiano no seu cuidado e no debate com profissionais e gestores, a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades.
Laboratório de Saúde Pública
– Identificar patógenos zoonóticos, principalmente, mas também contribuir em outras etapas de processo de trabalho em outros métodos de diagnóstico, pesquisa e produção de imunobiológicos.
Atenção Primária
– Participar de equipes multiprofissionais, visando fortalecer a promoção e prevenção nas Estratégias de Saúde da Família e coordenação de atividades de controle de zoonoses nos territórios, quando descentralizadas para as Unidades Básicas de Saúde.
Gestão
– Coordenar e gerenciar estruturas organizacionais na saúde, desde uma secretaria até uma coordenação e gerências de programas, entre outros. Um exemplo consagrado é o programa de controle da raiva, implantado em 1973, que teve as coordenações nacional, estaduais e municipais a cargo de médicos-veterinários. O sucesso no controle da raiva urbana, no Brasil, alcançado em 2004, teve responsabilidade direta desses profissionais.
Médico-veterinário, zoonoses e pandemias
É fato: a atuação do médico-veterinário na saúde pública muitas vezes é desconhecida do público em geral. “A imagem do profissional é comumente associada à clínica e cirurgia de pequenos e grandes animais. No entanto, há atribuições na área de saúde pública que são exclusivas dos médicos-veterinários, a exemplo da inspeção de produtos de origem animal, como de carnes, leite e ovos”, assinala Morais.
O presidente da CNSPV destaca que, enquanto o homem não começar a se ver parte de um todo, de um equilíbrio ambiental e começar a trabalhar para incorporar essa intersetorialidade na saúde pública, “continuaremos nessa visão ‘hospitalocêntrica’, buscando a cura das doenças e recuperação das pessoas, no lugar de preveni-las”. Para que isso ocorra, é preciso investir em diversas áreas, dentre elas, a vigilância em saúde.
Morais destaca que a educação sobre as zoonoses, por si só, não é suficiente para evitar novas pandemias, já que há fatores ambientais sobre os quais não se tem controle. “Porém, com o conhecimento da população sobre os riscos, principalmente, no contato com o ambiente silvestre e a adoção dos cuidados necessários, é possível evitar a disseminação de patógenos. A busca correta do serviço público e sua resposta imediata agilizam a implementação das medidas de controle. A detecção no início da propagação e uma vigilância precoce podem permitir intervenções para se obter o controle da doença antes que ela esteja globalizada”, conclui.
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Assessoria de Comunicação do CFMV