O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) publicou edital para inscrição de defensor dativo, com o intuito de fazer cadastro de médicos-veterinários, zootecnistas ou advogados que tenham interesse em defender profissionais veterinários e zootecnistas alvo de processo ético que não possuam apresentação de defesa.
O período de cadastramento será de 23 de fevereiro a 23 de março deste ano. Será pago o valor de R$ 350 por cada um dos serviços: defesa, audiência de instrução, alegações finais, sustentação oral na sessão de julgamento e apelação ao Conselho Federal (se necessário).
O edital atende a Resolução CRMV-PB nº 10/2020, que garante a lisura processual, a partir do andamento regular dos processos éticos em que o denunciado não for localizado ou não apresentar a sua defesa. Os casos omissos serão resolvidos pelo presidente, ficando assegurado ao denunciado o direito de recorrer no prazo de 30 dias a partir da decisão.
O defensor dativo é destinado ao profissional que mesmo processado eticamente não se defendeu. A função de defensor dativo pode ser assumida por qualquer médico veterinário ou zootecnista regularmente inscrito no CRMV-PB ou advogado inscrito na OAB/PB, que ficará responsável em realizar a defesa, comparecimento à audiência de instrução, alegações finais, encaminhamentos e recursos do denunciado.
Os interessados devem acessar edital para saber quais documentos são obrigatórios para a validação do cadastro no Portal da Transparência ou clicando aqui. Os documentos solicitados devem ser encaminhados através do e-mail registro@crmvpb.or.br com o assunto: cadastramento defensor dativo
A esporotricose é uma doença que pode atingir tanto animais quanto humanos, se caracterizando como zoonose. O seu principal agente transmissor é um fungo (Sporothrix schenckii) que está presente no solo, palha, vegetais, espinhos e madeiras. Ele usa feridas como meio de entrada para o organismo.
Devido ao aumento de casos e atendendo solicitação de profissionais da área, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) vai promover a palestra ‘Desafios da Esporotricose em Cães e Gatos’, que será ministrada pelo médico-veterinário e professor da UFRRJ, Julio Israel Fernandes, no próximo dia 15 de fevereiro, partir das 20 horas.
O evento será aberto ao público e gratuito. As inscrições já estão abertas e a palestra contará com emissão de certificado para participantes presentes. A transmissão será on-line, através do canal do Conselho no YouTube. Para inscrever-se clique aqui.
Palestrante – Julio Israel Fernandes é médico-veterinário, professor Associado III da disciplina de Clínica Médica de Animais de Companhia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Também é professor efetivo dos Programa de Pós-graduação: (PPGMV-UFRRJ) – (PPGCV-UFRRJ). Atua como tutor e preceptor no Programa de Residência em Área Profissional da Saúde (PRM-UFRRJ) nas áreas de Clínica Médica, Dermatologia e Oncologia.
Bolsista de Produtividade do CNPq (PQ-2), coordenando projetos de pesquisa relacionados à Doenças Emergentes e Reemergentes (Doenças infecciosas – Doenças parasitárias – Dermatologia – Oncologia). É coordenador do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (PPGMV-UFRRJ) e conselheiro suplente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), no período de 2020 a 2023.
Câncer já é a principal causa de morte dos animais de estimação. A incidência de tumores é maior em cães do que em gatos, mas os felinos acabam tendo maior parte dos tumores malignos. Estudo realizado para determinar a frequência dos tumores diagnosticados pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Patos, revelou que 78% dos tumores em cachorros são malignos e entre os gatos esse número sobe para 95,8%.
Neste sábado (4), Dia Mundial de Combate ao Câncer, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) alerta para a necessidade do diagnóstico precoce do câncer em pets. O médico-veterinário Altamir Costa, conselheiro da entidade, afirma que a expectativa de vida dos animais aumentou e é importante fazer check-ups periódicos, se antecipando a doenças que possam aparecer.
“Um estudo realizado em São Paulo mostrou que a expectativa de vida dos cachorros dobrou nos últimos 30 anos. Na década de 1980 um cão pequeno não passava dos nove anos, hoje eles atingem os 18 anos e os maiores chegam a 13 anos. Com a idade avançada, eles estão mais suscetíveis a doenças como câncer”, explicou.
Segundo o veterinário, algumas situações podem aumentar as chances de um animal desenvolver a doença, como idade avançada, exposição ao sol e características genéticas do animal e da sua raça.
Já os sintomas variam dependendo do local e do estágio em que se encontra o tumor. Na pele, por exemplo, é possível notar mudança de cor, ferida e presença de nódulos. Também podem ser indicativos do problema perda de peso, vômitos, diarréia, perda de apetite, urinar com dificuldade, tosse e até mudança de comportamento.
Tipos de câncer – Assim como em seres humanos, o câncer em animais pode afetar qualquer órgão ou tecido do corpo. O estudo da UFCG apontou que tumores mais frequentes em cães ocorreram na pele (46,7%), glândula mamária (24%), sistema genital (10,3%) e sistema digestório (6,5%). Em gatos, as frequências de neoplasmas de pele e glândula mamária foram idênticas (39,4% cada), seguidas das do sistema digestório (8,5%) e fígado (5,7%).
Tratamento – Altamir Costa afirmou que o tratamento do câncer em animais evoluiu muito e explicou que a maioria dos tratamentos se inicia com procedimentos cirúrgicos e, quando necessário, segue para a quimioterapia. “É preciso seguir as orientações da profissional e cuidar muito bem do pet nesse período de tratamento”, orientou.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), José Cecílio, participou de reunião, nesta quarta-feira (25), com o deputado federal Ruy Carneiro para debater o Projeto de Lei número 3.081/2022 que visa desregulamentar 30 profissões, entre elas a de médico-veterinário.
Representes de entidades de classe que serão prejudicadas pela propositura também participaram da conversa. A ideia é unir forças contra a matéria para que ela não seja aprovada. O deputado se comprometeu a levar o tema para o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, para que o projeto não tramite pela Casa.
“A regulamentação é fundamental para legitimação da atividade, pois garante a confiabilidade do conhecimento e de direitos aos profissionais que nela atuam. O projeto quer garantir que qualquer pessoa, graduada ou não no campo de estudo, possa receber o título de profissional da área”, destacou José Cecílio.
O presidente lembra que a Medicina Veterinária tem a missão de zelar pela saúde animal, humana e do meio ambiente, sendo imprescindível ao bem-estar da sociedade e dos animais, configurando entre as profissões essenciais para saúde pública e para ordem social, como está evidente na Resolução nº 287/1998 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e na Lei nº 14.023/2020.
A reunião foi puxada pelo Conselho Regional de Administração da Paraíba. O vice-presidente da entidade, André Coelho, destacou a importância de unir forças para barrar este projeto que pode causar sérios danos para a sociedade e os profissionais que atuam na área.
Profissões afetadas – As profissões que podem ser desregulamentadas com o PL 3081/2022 são as seguintes: Técnico em Radiologia (Lei 7394/85); Engenheiro de Segurança do Trabalho (Lei 7410/85); Nutricionista (Lei 8234/91); Guia de Turismo (Lei 8623/93); Treinador de Futebol (Lei 8650/93); Assistente Social (Lei 8662/93); Sociólogo (Lei 6888/80); Engenheiro (Decreto-Lei 8620/46); Arquiteto (Decreto-Lei 8620/46); Atuário (Decreto-Lei 806/69); Fisioterapeuta e Terapeuta ocupacional (Decreto-Lei 938/69); Jornalista (Decreto-Lei 972/69); Economista (Lei 1411/51); Químico (Lei 2800/56); Músico (Lei 3857/60); Massagista (Lei 3968/61); Publicitário (Lei 4680/65); Estatístico (Lei 4739/65); Técnico de Administração (Lei 4769/65); Relações Públicas (Lei 5377/67); Médico-Veterinário (Lei 5517/68); Arquivista (Lei 6546/78); Geólogo (Lei 4076/61); Bibliotecário (Lei 4084/62); Psicólogo (Lei 4119/62); Corretor de seguros (Lei 4594/64); Meteorologista (Lei 6835/80); Radialista (Lei 6615/78); Geógrafo (Lei 6664/79); Técnico em Prótese Dentária (Lei 6710/79); Museólogo (Lei 7287/84) e Secretário (Lei 7377/85).
O mundo tem acompanhado um novo surto de influenza aviária, ou gripe aviária, com casos em países das Américas, Europa e Ásia. No entanto, o Brasil permanece sem registrar nenhuma ocorrência da doença, que acomete aves silvestres migratórias e domésticas.
Importante destacar o rigoroso programa de sanidade avícola brasileiro, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, desde 2004 – data em que se teve notícia do primeiro surto mundial da doença, à época conhecida como a “gripe do frango” –, criou um protocolo de atuação para o caso de uma ocorrência de influenza aviária no país.
“Já temos todo o mapeamento de como agir. Porém, é preciso que se intensifiquem as ações que já existem em vigilância epidemiológica avícola, sobretudo nas áreas costeiras, de litoral, no Pantanal, na região Amazônica e nas demais regiões identificadas como de destino para essas aves migratórias, além de monitorar a sazonalidade de ocorrência de influenza aviária”, destaca o médico-veterinário Flávio Veloso, coordenador estadual de vigilância epidemiológica na Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDAS/SC).
Veloso ressalta, também, que a atuação do médico-veterinário responsável técnico tanto de casas agropecuárias quanto de granjas e indústrias avícolas é de extrema importância para o monitoramento da gripe aviária e para a educação sanitária de pequenos produtores.
“O médico-veterinário atua como sentinela e ao ter conhecimento do menor sinal de manifestação da doença deve notificar às autoridades competentes, como o Serviço Veterinário Oficial (SVO).” Neste sentido, qualquer pessoa que souber de alguma suspeita de foco de gripe aviária deve comunicar o SVO por meio dos escritórios estaduais da defesa agropecuária. Por uma questão de saúde pública e por ser uma doença de interesse econômico, a notificação da influenza aviária é obrigatória e consta na lista da Instrução Normativa do Mapa nº 50/2013.
Saúde Única
A influenza aviária ilustra bem o conceito de Saúde Única. Para o médico-veterinário Flávio Veloso, é importante fortalecer a integração entre os órgãos e profissionais que atuam nestas linhas de frente: sanidade animal, saúde humana e meio ambiente para adoção de medidas estratégicas conjuntas caso sejam necessárias.
Nesse contexto e por deter do conhecimento de várias espécies, o médico-veterinário exerce papel fundamental para o monitoramento e controle da doença. O profissional está presente desde os órgãos de defesa sanitária animal, até a responsabilidade técnica em granjas, indústrias avícolas, casas agropecuárias, prefeituras e cooperativas rurais – onde, também, orienta pequenos produtores sobre educação sanitária acerca da gripe aviária e de outras doenças de importância para o SVO.
Veloso afirma que, apesar de ter um alto grau de patogenicidade, a transmissão desta cepa atual de influenza aviária (H5N1) para o homem ocorre em casos bem pontuais, em um contato direto com as fezes de aves infectadas. Para orientar profissionais, pequenos produtores e indústria, o Mapa divulgou material informativo e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu alerta epidemiológico sobre Influenza Aviária para as Américas.
Balança comercial
Segundo maior produtor e exportador mundial de proteína de frango, o Brasil fechou o ano de 2022 com 4,8 milhões de toneladas de carne embarcadas para China, Emirados Árabes Unidos, Japão e União Europeia, o que rendeu US$ 9,762 bilhões de dólares na balança comercial, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A projeção para esse ano de 2023 é que os números permaneçam, levando em consideração o quadro de influenza aviária no contexto mundial e o fato de que o Brasil nunca registrou nenhum foco da doença e possui um rigoroso status sanitário avícola.
“Mais uma vez, o médico-veterinário é primordial tanto para a sanidade do nosso plantel avícola quanto para a manutenção do nosso status sanitário, visando salvaguardar a saúde pública e atender aos mercados mais exigentes, como o Japão”, ressalta o médico-veterinário Flávio Veloso.
A Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) vai reunir os coordenadores dos 12 cursos de Medicina Veterinária do Estado para discutir propostas educacionais, os anseios na área no pós-pandemia e a qualidade do ensino superior em cada instituição. A decisão foi acertada durante reunião realizada entre integrantes da Comissão na segunda-feira (23), em João Pessoa.
De acordo com o presidente da Comissão, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes Ferreira, o objetivo da reunião com os coordenadores é manter a qualidade dos cursos na Paraíba, além de garantir a proximidade do CRMV-PB com as instituições de ensino e os estudantes. Ele lembra que por ano 2.010 novas vagas em cursos de veterinária são abertas no Estado.
“Temos essa preocupação constante no Conselho já que a educação reflete diretamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado. Vamos escutar os coordenadores, sobretudo agora sobre o pós-pandemia, além de saber dos anseios e também sobre a implantação das novas diretrizes curriculares do curso. Desde já, nos colocamos à disposição para ajudar na implantação dos projetos pedagógicos”, destacou Adriano Fernandes.
Para Otavio Brilhante de Sousa, integrante da Comissão de Educação, é importante, nesse momento de transição, manter essa proximidade com os cursos de Medicina Veterinária. “Nesse sentido, os coordenadores são as pontes para essa proximidade e contribuição com os cursos. O CRMV-PB tem essa finalidade de prestar assessoria, sobretudo nessa implantação das novas diretrizes curriculares”, observou.
A Comissão de Educação é formada ainda pelos médicos veterinários Malania Loureiro Marinho, Lisanka Angelo Maia, Atticcus Tanikawa e Paula Fernanda Barbosa de Araújo. O Brasil conta hoje com 536 cursos de Medicina Veterinária, sendo 452 cursos oferecidos por instituições de ensino privados. Os outros países do mundo, juntos, têm menos cursos que no Brasil, totalizando 320.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que 15% dos trabalhadores adultos estão vivendo com algum transtorno. O mesmo documento estima que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade que custam à economia global quase um trilhão de dólares.
Os dados foram apresentados pela psicóloga clínica Ana Sandra Fernandes Arcoverde Nóbrega (CRP 13/5496), durante palestra ministrada nesta segunda-feira (22) no Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB). A ação realizada em alusão ao Janeiro Branco teve a missão de tratar sobre a saúde mental de médicos-veterinários e zootecnistas.
A psicóloga, professora do Unipê e Uniesp e ex-presidente do Conselho Federal de Psicologia, falou sobre ansiedade, depressão, síndrome do pânico, transtorno do estresse pós-traumático e Síndrome de Burnout. Entre os problemas que estão causando adoecimento da população, segundo ela, estão: aceleramento da existência; sentimento de culpa por não estar produzindo; redes sociais; velocidade de informação; produção de fake news; polarização política; entre outras.
Ana Sandra destacou que as pessoas têm receio de falar sobre problemas de saúde mental e que existe muito preconceito para se falar sobre a necessidade de tratamento, terapia e uso de medicação. Afirmou ainda que a doença da mente é muito perigosa e que causa sérios danos na vida das pessoas.
Entre as orientações listadas pela profissional para melhorar a saúde mental estão: definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal; participar de atividades de lazer com amigos e familiares; fazer atividades que “fujam” à rotina diária; evitar o contato com pessoas “negativas”; conversar com alguém de confiança sobre o que se está sentindo; fazer atividades físicas regulares; evitar consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas; e não tomar medicação sem prescrição.
Para o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, esse é um assunto importante e por isso foi disponibilizada a palestra para os inscritos. “A saúde mental é importante para podermos lidar com as emoções positivas e negativas. Este é um assunto sério, que ainda é tabu para muitas pessoas”, disse.
Mais dados – A OMS divulgou em Julho de 2022 sua maior revisão mundial sobre saúde mental que aponta que quase 1 bilhão de pessoas vivem com um transtorno mental. Outro dado alarmante é que o suicídio foi responsável por mais de 1 em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade.
Veterinários – O vice-presidente do CRMV-PB, Adriano Fernandes destacou que pesquisa realizada na Inglaterra aponta que veterinários têm quatro vezes mais chances de cometer suicídio do que a população em geral; depressão, ansiedade e esgotamento profissional também fazem parte da realidade de muitos profissionais devido ao ambiente de trabalho. Ele ressaltou que é fundamental debater a temática e apontar soluções para o problema.
Transmissão – A atividade foi transmitida pelo Canal do Youtube do CRMV-PB e encontra-se salva lá. A transmissão foi realizada pelo secretário-geral, Tarsys Noan Silva Veríssimo que destacou a importância de abordar o tema e levar informações para cada vez mais pessoas.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta segunda-feira (23), a entrega de carteiras profissionais a médicos-veterinários e zootecnistas. O documento regulamenta o profissional junto ao órgão de classe e é necessário para exercício da atividade.
A solenidade foi conduzida pelo vice-presidente do CRMV-PB, Adriano Fernandes, que falou sobre as atribuições do Conselho, um órgão consultivo que tem a função de proteger a sociedade através da fiscalização do exercício profissional.
“Nós devemos ser guardiões dessas leis: Lei 5.517/68, que regulamenta a profissão de médico-veterinário, e a Lei nº 5.550/68, que regulamenta a profissão zootecnista. Temos a obrigação de denunciar tudo que não esteja de acordo com a legislação”, destacou.
Adriano Fernandes, que é médico-veterinário, destacou a importância de estar ciente do documento normativo e de manter a ética durante os procedimentos em clínicas e atendimentos. Afirmou que o documento já está na sua quarta edição. “A sociedade é dinâmica, passa por mudanças, e precisamos fazer essa adequação”, afirmou.
O vice-presidente também explicou como funciona o Sistema CFMV/CRMVs e orientou os novos profissionais como entrar em contato com o Conselho. Ele falou da importância de fazer parte das atividades do Conselho, dando também a sua colaboração para a classe.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) participou, no sábado (21), da entrega do Castramóvel em Campina Grande. O eventoainda contou com uma feira de adoção de animais. O equipamento, que atendeu todos os requisitos para entrar em funcionamento, pode realizar até 500 castrações por mês.
O presidente do Conselho, José Cecílio, parabenizou o prefeito Bruno Cunha Lima pela iniciativa e afirmou que a entidade está à disposição de Campina Grande para oferecer suporte técnico.
O Conselho vem realizando um trabalho de conscientização para que os municípios implantem política de controle populacional de animais. A medida, além de reduzir o sofrimento animal, colabora diretamente com a saúde humana, pois evita a proliferação de zoonoses.
A Paraíba tem 80,5 mil cachorros e gatos em situação de rua, de acordo com a estimativa da OMS de que há um animal para cada cinco habitantes no país, e desse número, 10% se encontram em situação de abandono. No Brasil são 30 milhões de animais abandonados.
Pesquisa realizada na Inglaterra aponta que veterinários têm quatro vezes mais chances de cometer suicídio do que a população em geral; depressão, ansiedade e esgotamento profissional também fazem parte da realidade de muitos profissionais devido ao ambiente de trabalho, conforme um estudo da ‘Centers for Disease Control and Prevention (CDC)’. Para abordar a saúde mental neste Janeiro Branco, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) vai realizar uma palestra sobre o tema para os associados.
A exposição será feita pela psicóloga clínica Ana Sandra Fernandes Arcoverde Nóbrega (CRP 13/5496), que é professora do Unipê e Uniesp e ex-presidente do Conselho Federal de Psicologia. A palestra é gratuita e será realizada na sede do CRMV-PB, em João Pessoa.
O encontro deve orientar os profissionais da área a identificar sinais de alerta que indicam problemas com a saúde mental e indicar medidas que ajudem a minimizar situações de estresse, ansiedade e nervosismo. O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba faz um alerta sobre a saúde mental dos veterinários e zootecnistas e incentiva a procurar ajuda em caso de algum problema. Mudanças no estilo de vida e cuidados com a saúde são fundamentais.
“Aproveitamos esse mês da campanha do Janeiro Branco para reforçar nosso alerta a todos os veterinários e zootecnistas para reforçarem os cuidados com a saúde mental. É muito importante que as pessoas que apresentam e percebam os sintomas não esperem por melhora sem a orientação de um profissional de saúde. Nesse caso, deve-se buscar atendimento. O CRMV-PB está à disposição de todos os profissionais na busca por ajuda e apoio para o tratamento da doença”, destacou José Cecílio, presidente do CRMV-PB.
Esgotamento profissional – O CRMV-PB alerta ainda para a Síndrome de Burnout, termo em inglês indica esgotamento e está associado a um estado de estresse crônico misturado a depressão. Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, refere-se especificamente a fenômenos relacionados ao excesso de trabalho. Quando a profissão envolve saúde e, consequentemente, a cobrança por salvar vidas, como o caso da medicina veterinária e zootecnia, a situação pode piorar.
A Associação Brasileira de Veterinários levantou algumas hipóteses dos motivos que provocam o esgotamento mental de tantos profissionais desta área, sendo eles: péssimas condições de trabalho, dificuldades relacionais e interpessoais, falta de foco, questões psíquicas da formação, culpa, medo de errar, cobrança constante para sempre estarem disponíveis, captação e consolidação de clientes, relação com a dor do animal e da família.
Janeiro Branco – Com o tema em 2023 ‘A Vida pede Equilíbrio’, a campanha promove a reflexão e a renovação de ações e pensamentos para o ano que se inicia. O objetivo é alertar para os cuidados com a saúde mental da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, incluindo os transtornos mentais mais comuns, como depressão, ansiedade e pânico.