O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), José Cecílio, participou da inauguração da Clínica-Escola de Medicina Veterinária das Faculdades Nova Esperança (Facene e Famene), em João Pessoa, nesta terça-feira (4).
José Cecílio destacou a importância da inauguração da estrutura e afirmou que ela vai colaborar para a formação dos futuros profissionais. “Enquanto Conselho estamos chegando junto das faculdades para contribuir com o processo de formação ensino e aprendizagem”, disse.
O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Facene/Famene, professor Atticcus Tanikawa, destacou que a inauguração da clínica-escola é um sonho realizado e disse que a missão é que ela possa atender a comunidade e se tornar referência nacional.
Com a chegada da Páscoa, muitas pessoas presenteiam familiares e amigos com chocolates, pelúcias e com coelhos de verdade. No entanto, essa prática pode ser extremamente prejudicial. Coelhos necessitam de cuidados especiais e 40% deles acabam sendo abandonados em parques, praças e terrenos. Por isso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) alerta que na hora de adotar ou adquirir um animal é necessário observar que trata-se de um ser vivo, que exige cuidados e que acarreta custos.
A ONG Adote um Orelhudo aponta que a partir de 60 a 70 dias após a Páscoa aumenta o número de coelhos abandonados e destaca que quatro em cada dez coelhos que são presenteados acabam sendo abandonados, o que equivale a 40%. A entidade relata que no início tudo é novidade, mas depois se torna responsabilidade cuidar do animal e tudo desaba. As pessoas acabam abandonando.
Os coelhos precisam de um ambiente adequado, uma dieta equilibrada e são necessárias visitas regulares ao veterinário. Durante este período, muitas pessoas acabam adquirindo coelhos sem saber o que fazer com eles após a Páscoa. Os animais acabam sendo negligenciados, abandonados ou soltos na natureza, o que pode causar sérios danos ao ecossistema local.
A médica-veterinária de pets não-convencionais, Lilian Eloy, reforça que coelhos são animais que precisam de cuidados diários, consultas veterinárias frequentes, bem como o manejo correto. “Se quiser dar um coelho de presente nesta Páscoa, que seja um coelho de chocolate ou de pelúcia”, orientou.
Lilian Eloy destaca que se ainda assim você estiver pensando em adotar um coelho, é importante lembrar que eles não são brinquedos ou objetos de decoração. Eles são seres vivos que exigem muito cuidado e responsabilidade. “É preciso estar disposto a cuidar do animal durante toda a sua vida, garantindo seu bem-estar e qualidade de vida”, ressaltou.
Símbolo da Páscoa – O Coelho é um dos símbolos pascais por representar a fertilidade, o nascimento e a esperança da vida. Essa figura se estabeleceu como símbolo da Páscoa (celebração cristã que comemora a ressurreição de Jesus Cristo) a partir do século XIX e, atualmente, é conhecida por trazer os ovos de chocolate para as crianças.
Alguns povos antigos relacionavam este animal com a chegada do fim do inverno e começo da primavera, como um simbolismo do “renascimento da vida”. Os coelhos eram os primeiros animais a abandonarem as suas tocas quando a primavera começava. Os coelhos só passaram a representar um símbolo da Páscoa no Brasil no final do século XVII, trazidos pelos imigrantes alemães.
As chuvas que assolaram o Litoral Norte do estado de São Paulo, em fevereiro; os incêndios no Pantanal matogrossense e sul-matogrossense, em 2020; os rompimentos das barragens de rejeitos nas cidades mineiras de Brumadinho, em 2019, e Mariana, em 2015; esses são alguns dos episódios de desastres em massa, de causas naturais ou gerados por ação humana, que exigiram planos de ação imediatos para o resgate da fauna naquelas localidades.
Foi pensando justamente na estruturação desses planos que o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou, na quarta-feira (29), a Resolução CFMV nº 1.511/2023, que estabelece as diretrizes para a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas em desastres em massa envolvendo animais domésticos e selvagens.
A normativa, que prevê os aspectos técnicos, operacionais e éticos desse tipo de atuação, apresenta as orientações para o profissional quanto à organização e ao atendimento clínico dos animais no momento do desastre, bem como o encaminhamento para clínicas ou hospitais veterinários, caso necessário.
A atuação de médicos-veterinários e zootecnistas nesses episódios deve ser realizada em sinergia com o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), além de seguir os preceitos dos manuais expedidos e disponibilizados pelo conselho federal e dos atos e regulamentos emitidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), conforme a norma.
Para a médica-veterinária, Laiza Bonela Gomes, presidente da Comissão Nacional de Desastres em Massa Envolvendo Animais (CNDM/CFMV), a resolução traz um ponto fundamental para a atuação dos profissionais, que deve ser hierarquizada, disciplinada e coordenada.
“A atuação dos médicos-veterinários e dos zootecnistas não deve mais ocorrer de maneira isolada ou independente dos outros envolvidos na gestão do incidente. Temos a clareza de que esse modo de operação permitirá que a participação nos desastres seja cada vez mais técnica, ética, profissional e exitosa para todos os envolvidos: pessoas, meio ambiente e, sobretudo, os animais”, ressalta a presidente da comissão.
Médicos-veterinários e zootecnistas voluntários
Ainda de acordo com a normativa, os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) poderão criar um banco de cadastro para médicos-veterinários e zootecnistas que desejarem se voluntariar para atuar nas ações de resgate de animais, o qual será compartilhado com as autoridades, os órgãos e as entidades responsáveis pelo comando do incidente.
No entanto, Laiza destaca que é recomendado que esses profissionais conheçam as normativas ambientais federais e estaduais, no que se refere ao manejo de animais domésticos e silvestres, e busquem treinamento específico, como o curso básico do SCI.
“Trabalhar em incidentes de desastres é sempre desafiador e complexo, em virtude dos inúmeros fatores envolvidos e da interação entre esses fatores. Dessa forma, um dos pontos mais relevantes da normativa é gerar responsabilidade profissional perante as ações, omissões e decisões nos cenários de desastres”, afirma a presidente da CNDM/CFMV.
A médica-veterinária chama atenção, ainda, para a tutela dos animais silvestres que compõem a fauna nativa, que é de responsabilidade do Estado (União, estados, Distrito Federal e municípios). “É importante que os profissionais tenham os órgãos ambientais como parceiros, inclusive saibam quais são os centros de triagem e reabilitação mais próximos do local do incidente”, esclarece.
A partir da publicação da normativa, a comissão nacional pretende promover capacitações teórico-práticas para as comissões regionais, com o intuito de munir e preparar os profissionais para que atuem frente aos desafios inerentes às situações de desastres.
A realização de reuniões periódicas com órgãos oficiais e a mobilização para que os regionais formem suas próprias comissões fazem parte das ações previstas pelo grupo, visando estabelecer uma relação intersetorial para viabilizar as ações em situação de desastres que envolverem animais.
“Acreditamos firmemente que a resolução, aliada ao Plano Nacional de Contingência, subsidiará as ações e tornará as intervenções mais céleres, assertivas, padronizadas, técnicas e alinhadas aos órgãos oficiais que atuam nos cenários de desastres”, pondera a presidente da CNDM/CFMV.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) irá promover uma palestra on-line sobre a emissão de Certificado Veterinário Internacional para cães e gatos, na próxima quarta-feira(29), que será ministrada pela professora Márcia Martins Lopes.
Com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), a palestra terá como objetivo esclarecer dúvidas frequentes acerca do certificado e debater a sua importância para a segurança animal e humana.
O Certificado Veterinário Internacional (CVI) é um documento emitido pelo MAPA que atesta a saúde dos animais e sua conformidade com os requisitos veterinários exigidos pelo país de destino. Esse certificado é reconhecido internacionalmente e serve para garantir que os animais possam ser recebidos no território sem oferecer riscos à saúde local.
Cada país tem sua própria legislação para receber animais em suas regiões, visto que os animais que não são levados ao médico-veterinário para manter a rotina de vacinas e exames atualizados, podem ser vetores de doenças e zoonoses que já são controladas ou até erradicadas de outros países.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) iniciou, na segunda-feira (27), um programa de treinamentos para os fiscais, visando o melhor desenvolvimento do setor e a implantação da nova ferramenta de trabalho, o Sistema de Fiscalização (Inofisc). A capacitação será finalizado na próxima sexta-feira (31) e vem sendo ministrada pela médica-veterinária Raquel de Sousa Braga.
Neste primeiro dia, o treinamento foi direcionado ao coordenador do setor, Andrei Felipe, com aplicação de questionários e bate-papo sobre as legislações e resoluções do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Na terça-feira (28), será realizado um planejamento e estratégias da fiscalização, bem como fiscalização do profissional.
Nos últimos dias, o treinamento será com os demais fiscais do setor. Serão aplicados questionários acerca da função desempenhada por eles, assim como registros da atividade fiscalizatória, razão de existir do CRMV e postura assertiva do fiscal.
Além disso, será discutida a implantação da nova ferramenta de trabalho, o Inofisc, um novo procedimento de fiscalização que irá substituir a utilização de papéis por tablets. Essa nova ferramenta promete agilizar e modernizar as práticas do trabalho no dia a dia, além de promover uma maior sustentabilidade ambiental.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta sexta-feira (24), a entrega de carteiras para novos profissionais veterinários e zootecnistas. Antes da solenidade, foi realizada uma palestra sobre media training: comunicação assertiva para veterinários e zootecnistas, ministrada pela jornalista Marly Lúcio. Os debates contaram com a presença de alunos do curso de medicina veterinária do Unipê.
A tarde de eventos foi iniciada com a palestra sobre de comunicação assertiva para veterinários e zootecnistas, conduzida pela jornalista e sócia da Múltipla Comunicação Integrada, Marly Lúcio. “É necessário que como profissionais, saibamos nos posicionar. Dessa forma, abordamos esse tema com os novos profissionais e estudantes”, destacou a jornalista.
Marly explicou que a comunicação assertiva é de grande importância em todas as áreas que prestam serviços ou não, e na medicina veterinária e zootecnia este comportamento também é essencial para assegurar uma melhor interação com clientes e população em geral.
Após a palestra, o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, juntamente com o vice-presidente, Adriano Fernandes, conduziram a solenidade de entrega de carteiras profissionais aos novos médicos-veterinários e zootecnistas.
Visita – Durante a solenidade da entrega das carteiras, José Cecílio destacou a importância da visita dos alunos do Unipê ao Conselho. “Estamos trabalhando para ampliar as relações entre o CRMV-PB e as academias, na busca de estreitar as relações na expectativa de fortalecer os cursos e garantir novas experiências na carreira acadêmica e profissional dos alunos”, afirmou.
O Conselho Regional de Medicina Veterinaria da Paraíba (CRMV-PB) promoveu a Palestra ‘Selo Arte: Noções Básicas’, que foi ministrada, nesta terça-feira (21), pela médica-veterinária Fernanda da Silva Rocco.
A palestra foi aberta pelo presidente do CRMV-PB, José Cecílio, e contou com a mediação do secretário-geral do Conselho, Tarsys Noan.
A palestrante falou sobre o Selo Arte, qual a sua importância, as etapas e as dificuldades para conseguir a certificação. Ela destacou que atualmente, 508 produtos artesanais tem o Selo Arte, divididos em quatro categorias: lácteos, cárneos, pescados e produtos oriundos de abelhas. Mais de 80% dos produtos certificados são lácteos.
Doze estados e o Distrito Federal possuem o selo. A Paraíba ainda não conta com a certificação. A palestrante destacou que seria um mecanismo importante para produtos paraibanos como o queijo de cabra, por exemplo.
Conforme explicou Fernanda, o certificado garante que alimentos de origem animal foram elaborados de forma artesanal e que possuem características tradicionais, regionais e culturais.
Para o produtor artesanal, ter o Selo Arte é a oportunidade de expandir a comercialização para outros estados e a agregação de valor aos seus produtos. Para os consumidores, é uma garantia de qualidade, com a segurança de que a produção é artesanal e respeita as Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação.
Como conseguir o Selo Arte? – Para garantir o Selo Arte, é necessário que o produtor tenha um registo junto ao Serviço de Inspeção Oficial do município, estado ou Distrito Federal. Depois, ele deve entrar no sistema eletrônico de Cadastro Nacional de Produtos Artesanais e registrar seu pedido e anexar as informações necessárias.
Sobre a palestrante – A palestrante é Fernanda da Silva Rocco, veterinária com mestrado em higiene veterinária e processamento tecnológico de produtos de origem animal.
Publicada no Diário Oficial da União de hoje (16), a Resolução CFMV nº 1.509/2023 é uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) visando orientar médicos-veterinários em caso de ocorrência de casos da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), no Brasil.
O texto da normativa “dispõe sobre medida excepcional para prevenção e enfrentamento do vírus”. A normativa assinala que, em caso de uma emergência sanitária no país, não constitui infração ética a utilização de métodos e procedimentos indicados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ainda que não se encontrem relacionados no Anexo I da Resolução CFMV nº 1.000/2012.
“A Resolução nº 1.000 especifica os procedimentos normais de eutanásia para cada espécie, porém a ocorrência de uma emergência sanitária, como a IAAP, pode demandar o uso de métodos que não estão listados ali”, pondera o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida.
O atual surto mundial de influenza aviária tem demandado iniciativas diversas dos entes públicos e privados para evitar a entrada da doença no Brasil. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e os órgãos estaduais de defesa sanitária estão reforçando as medidas de vigilância, prevenção e planejam possíveis medidas de controle.
Por isso, a resolução especifica que suas disposições estão condicionadas à observância dos programas e das demais ações de defesa sanitária instituídas pelo ministério, desde que inseridos no âmbito da respectiva implementação e execução. Além disso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa fica obrigada a comunicar ao CFMV os métodos e procedimentos oficialmente definidos.
Apresentações de artistas populares do Mato Grosso do Sul, Trindade e Vitor Lima tocando o Hino Nacional ao som de violino e acordeon; e do poeta, ator performático e repentista, Ruberval Cunha, deram o tom da abertura da 1ª Câmara Nacional de Presidentes (CNP) de 2023, do Sistema CFMV/CRMVs, nessa quarta-feira (15). A reunião é sediada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS), no Wetiga Hotel, no município de Bonito.
O presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Francisco Cavalcanti de Almeida, e o presidente do CRMV-MS, Thiago Leite Fraga, iniciaram o evento. Na oportunidade, o anfitrião agradeceu a presença dos 22 presidentes dos conselhos regionais e de seus representantes, e ao diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro-MS), Daniel Ingold, que compareceu representando o governador Eduardo Riedel e o secretário de estado, Jaime Verruck.
“Para nós, do CRMV-MS, é uma alegria sediar essa edição da Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs. Preparamos cada detalhe do encontro com muito carinho para que vocês se sentissem em casa”, ressaltou Fraga, que também agradeceu aos servidores do regional, aos parceiros e ao CFMV.
“A Iagro cresceu muito nos últimos anos e estreitar os diálogos com o CRMV-MS é muito importante para aprimorar ainda mais os nossos trabalhos. Estamos ampliando a relação com o regional para que possamos levar conhecimento à sociedade e fazer o alinhamento técnico junto com o novo governo”, emendou o diretor-presidente da Iagro-MS.
Panorama da influenza aviária de alta patogenicidade
Durante a manhã, o auditor fiscal federal agropecuário Carlos Henrique Pizarro Borges, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), fez uma apresentação sobre o ‘Avanço da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) na América do Sul: ações para prevenção, vigilância e resposta’. O médico-veterinário abordou a atual situação da IAAP no mundo e na América do Sul, bem como o plano de vigilância, a estrutura do sistema de defesa sanitária animal e as fases de atuação no sistema, no âmbito do ministério.
“O Brasil é hoje o maior produtor agropecuário do mundo, especialmente da carne de frango, com valores de produção que ultrapassam R$ 1,265 trilhão. A ocorrência da doença no país traria impacto sanitário, social e econômico significativo, inclusive para a fauna nacional”, destacou.
Relatórios e panorama geral do CRMV-MS
No decorrer do evento, foi apresentado o relatório das atividades da Presidência, Vice-Presidência, Secretaria-Geral e Tesouraria do CFMV, além do panorama geral das ações desenvolvidas pelo CRMV-MS.
“É um privilégio poder apresentar esse relatório aos presidentes, mostrando o esforço e a dedicação diária da fiscalização e de todo o departamento técnico do conselho, visando à proteção da sociedade e à valorização da Medicina Veterinária e da Zootecnia, por meio de um trabalho organizado, ético, comprometido e responsável”, declarou a médica-veterinária fiscal Ana Carolina Gonçalves, diretora técnica do CRMV-MS.
Durante a apresentação, o presidente do CRMV-MS, Thiago Leite Fraga, destacou também as fiscalizações conjuntas entre o conselho regional e os demais órgãos competentes, como o Serviço de Inspeção Municipal da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul (SIM/ Sedesc-MS), o Procon e a Iagro, que tornaram as ações mais efetivas.
Resultados do recadastramento
Como última parte da programação do dia, o chefe do Núcleo de Apoio aos Regionais (NAR) do CFMV, Igor Pinto de Andrade, apresentou o ‘Diagnóstico sobre a implantação da Resolução CFMV nº 1.475/2022’ e os números atualizados da campanha nacional de recadastramento profissional, bem como assuntos administrativos de interesse do Sistema.
A programação da CNP segue até sábado (18), quando serão consolidados os resultados dos grupos de trabalho.
Departamento de Comunicação do CFMV, com informações das Assessorias de Comunicação do CRMV-MS, CRMV-SP e CRMV-RJ
Na quinta-feira (16), os presidentes e representantes dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) tiveram a oportunidade de expor as ações desenvolvidas em seus estados e debater questões importantes para as profissões, como a qualidade do ensino da Medicina Veterinária. As atividades ocorreram no segundo dia da 1ª Câmara Nacional de Presidentes de 2023 do Sistema CFMV/CRMVs, que está sendo realizada em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Os participantes acompanharam a apresentação da Comissão de Ensino da Medicina Veterinária do regional de Mato Grosso, que abordou o perfil socioeconômico dos egressos de Medicina Veterinária das Instituições de Ensino Superior (IES) daquele estado. Na ocasião, foi elaborado um manifesto em defesa do ensino da Medicina Veterinária, que será assinado por todos os presidentes.
“O manifesto visa dar embasamento e sustentação para dialogar com os órgãos políticos, o Congresso e o Ministério da Educação (MEC). É urgente que haja fiscalização e qualidade dos cursos de graduação, de forma a assegurar a formação adequada dos futuros profissionais”, enfatizou o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Francisco Cavalcanti de Almeida.
Perfil socioeconômico dos egressos do MT
De acordo com o médico-veterinário José Ricardo de Souza, professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e membro da comissão, os dados coletados podem contribuir para as ações de valorização profissional no estado.
“Esperamos que o relatório possa sensibilizar os colegas e subsidiar as instituições de ensino a trabalhar pontos estratégicos em seus Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs). Os dados também visam promover discussões que possam, tanto a nível regional quanto nacional, trabalhar questões comuns a outros estados”, disse Souza.
O documento exibiu alguns dos motivos que levam os médicos-veterinários matogrossenses a desistir da profissão. A presidente da Comissão Regional de Educação em Medicina Veterinária do CRMV-MT, Izilda Souza de Figueiredo, diz que é importante compreender todo o ciclo do egresso, desde a formação acadêmica até o exercício profissional.
“Esperamos que o relatório sirva como base de pesquisa para as IES do estado e promova reflexões, mudanças e transformações nos projetos pedagógicos, bem como na qualificação profissional e em melhorias das condições de trabalho. É importante que haja uma periodicidade na realização desses estudos, ou mesmo um censo nacional do médico-veterinário, a fim de conhecermos mais detalhadamente as perspectivas da profissão”, afirma Sandra.
A vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida, parabenizou o trabalho da comissão e afirmou que os dados são importantes balizadores para as ações do Sistema CFMV/CRMVs. “É necessário conhecermos a percepção e os anseios dos colegas sobre a profissão. Os dados do relatório poderão ser utilizados por outros regionais e contribuir para que possamos melhorar a nossa fiscalização e traçar ações de trabalho”, disse.
Transição da nova Lei de Licitações
Durante a CNP, representantes do Setor de Compras e Licitações (SECLC) do CFMV apresentaram informações preliminares sobre a implementação da Lei nº 14.133/2021, que estabelece as novas normas de licitação e contratação de serviços para as administrações públicas e autarquias e entra em vigor, definitivamente, no dia 1º de abril.
“A lei traz alguns desafios, pois apresenta uma série de itens sobre processos de compras eletrônicas que passam a ser obrigatórias a partir de abril de 2023. A legislação visa promover maior transparência, segurança jurídica, celeridade e desburocratização nos serviços. Também irá oferecer maior competição entre fornecedores, trazendo economia para os pregões eletrônicos do Sistema”, explicou o agente de compras Michel de Lima.
Foi criada uma Comissão de Transição (Portaria CFMV nº 91/2022) com a finalidade de efetuar as ações necessárias para a migração dos processos de contratação previstos na antiga Lei Geral de Licitações (Lei nº 8.666/93) para a nova norma, e dar suporte aos conselhos regionais.
“Estamos trabalhando com a Diretoria Executiva para aprimorar cada vez mais os atendimentos e apoiar os regionais em seus procedimentos eletrônicos e planos de contratações anuais”, informou o agente Francisco Alves Lopes Junior.
Outras atividades
Idealizador do Projeto Jiboia, em Bonito (MS), Henrique Naufal apresentou aos presidentes o trabalho de educação ambiental que realiza com serpentes não peçonhentas, que abrange o comportamento e a vida reprodutiva destes animais.
“Falar com médicos-veterinários de diferentes regiões do país é ter a oportunidade de levar o nosso projeto a um número maior de pessoas e, consequentemente, de contribuir cada vez mais para o conhecimento da sociedade sobre esses animais”, disse Naufal.
Departamento de Comunicação do CFMV, com informações das Assessorias de Comunicação do CRMV-MS, CRMV-RJ e CRMV-SP