O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta sexta-feira (8), a 306ª Sessão Plenária Ordinária, marcando o encerramento das atividades da atual gestão. O encontro ocorreu de forma híbrida, reunindo conselheiros e convidados tanto presencialmente, no Plenário José Cecílio Martins Filho, quanto por meio de videoconferência.
Durante a abertura, o presidente José Cecilio ressaltou o significado do momento:
“Encerramos um ciclo de muito trabalho e dedicação, sempre buscando fortalecer a Medicina Veterinária e a Zootecnia na Paraíba”, disse, agradecendo a colaboração dos conselheiros e diretores que se despedem e que contribuíram para o fortalecimento do conselho.
A reunião contou com a presença do tesoureiro eleito para a próxima gestão, Andrei Guedes, da conselheira eleita Paula Fernanda e do conselheiro eleito Jonata Bento, que acompanharam as discussões e deliberações.
A pauta do dia contemplou 54 processos, envolvendo inscrições e cancelamentos de pessoas físicas e jurídicas, transferências, reativações, registros de eventos e vaquejadas, além de defesas e recursos contra autos de infração e pedidos de cancelamento de débitos. Também foram apreciados processos que permanecem em diligência para novas análises antes de decisão final.
Entre os assuntos administrativos, foi confirmada a data da 307ª Sessão Plenária Ordinária, que será conduzida já pela nova gestão. Na área de fiscalização, houve apreciação e aprovação de registros para vaquejadas e outros eventos no estado.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) manifesta profundo pesar pelo falecimento do médico-veterinário Aderbal da Costa Vilar Filho, docente aposentado do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias (CCA/UFPB).
Reconhecido por sua dedicação ao ensino, à pesquisa e à formação de profissionais, especialmente na área de Caprinocultura, o Professor Aderbal teve papel fundamental no fortalecimento da Zootecnia e da Medicina Veterinária na Paraíba. Sua trajetória acadêmica foi marcada pelo compromisso com a qualidade do ensino e pela contribuição ao desenvolvimento das ciências agrárias no estado.
O presidente do CRMV-PB, José Cecílio, destacou a relevância do legado deixado pelo professor. “Ele foi um pilar na formação de gerações de profissionais. Seu trabalho contribuiu de forma decisiva para o crescimento da Zootecnia e da Medicina Veterinária na Paraíba. É uma perda irreparável para toda a comunidade acadêmica e científica”, afirmou José Cecílio.
Neste momento de dor, o CRMV-PB se solidariza com os familiares, amigos, colegas e ex-alunos do Professor Aderbal, reafirmando o reconhecimento por sua trajetória exemplar e por sua contribuição inesquecível ao setor.
Com cerca de 85% do território paraibano inserido no bioma Caatinga, um ecossistema exclusivamente brasileiro, a Paraíba abriga uma rica biodiversidade adaptada ao semiárido. No entanto, esse patrimônio natural enfrenta uma nova ameaça: o circovírus, agente causador da Doença do Bico e das Penas dos Psitacídeos, que pode afetar diversas espécies de aves nativas, especialmente os psitacídeos – grupo que inclui papagaios, araras, periquitos e maracanãs.
Diante desse cenário preocupante, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) faz um alerta sobre os riscos da disseminação do circovírus entre as aves silvestres da Caatinga, especialmente considerando a proximidade com áreas de ocorrência da doença. A entidade reforça a necessidade de medidas sanitárias eficazes para prevenir a entrada e propagação do vírus no território paraibano.
A médica-veterinária Lilian Eloy, especializada em animais silvestres, faz um alerta sobre a gravidade da situação. “O circovírus é um dos maiores problemas para os nossos papagaios, araras e periquitos da Caatinga. Em criadouros de psitacídeos exóticos, a doença já está estabelecida. O problema é esse vírus escapar para a natureza e afetar os indivíduos selvagens da nossa fauna silvestre, que não têm resistência”, disse.
A doença não tem tratamento conhecido, é altamente contagiosa e, em muitos casos, letal. Ela causa perda progressiva e permanente das penas, deformações no bico e imunossupressão severa, tornando as aves mais suscetíveis a outras infecções. A transmissão ocorre pelo contato direto com penas infectadas ou superfícies contaminadas, como poleiros, comedouros e ninhos. Em ambientes de manejo coletivo, a recomendação é o isolamento ou até eutanásia dos animais infectados, para evitar a disseminação.
O cenário se torna ainda mais preocupante diante da detecção recente de um surto de circovírus em ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) reintroduzidas na natureza, no município de Curaçá, na Bahia. A espécie, endêmica do Brasil e considerada extinta na natureza desde os anos 2000, foi alvo de um programa internacional de reintrodução. O projeto, conduzido pela Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), envolveu a soltura de 11 aves no Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul.
No entanto, em julho de 2025, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) confirmou um surto de circovírus entre essas aves. A resposta emergencial incluiu triagem e isolamento das aves doentes, descontaminação de recintos e reforço das medidas de biossegurança, em conjunto com o Ibama e o Inema.
Antes disso, em abril, um filhote nascido em vida livre em Curaçá já havia testado positivo para a doença e foi isolado. Em junho, outras 13 ararinhas-azuis que vivem no centro de reprodução também foram diagnosticadas com o mesmo tipo de circovírus, indicando que o vírus estava presente tanto entre os animais soltos quanto em cativeiro.
Segundo especialistas, é possível que o vírus tenha sido trazido da Alemanha, de onde vieram as ararinhas reintroduzidas. O circovírus pode permanecer incubado por meses sem sintomas aparentes, mas ainda assim ser detectado por exames laboratoriais.
Como resposta à crise sanitária, a soltura de novos grupos de ararinhas-azuis foi temporariamente suspensa. O ICMBio também determinou o recolhimento das ararinhas já soltas na natureza, para que passem por uma bateria de testes, enquanto se implementa um plano emergencial de contenção.
As medidas incluem reforço nas ações de biossegurança, descontaminação de recintos e objetos utilizados pelas aves, além do isolamento completo dos animais com resultado positivo.
Apesar de não ter ararinha-azul na Paraíba, o risco de disseminação do vírus para outras aves da Caatinga local é real. Para evitar que esse cenário se agrave, Lilian Eloy destaca a importância de ações preventivas e maior rigor no controle sanitário. “Precisamos de medidas mais rígidas de biossegurança, testagem periódica de animais em Centros de Triagem de Animais Silvestres, zoológicos e criadouros. Como o circovírus não é originário do Brasil, nossas aves nativas sofrem muito mais quando expostas a ele”, afirmou.
Importante destacar que, apesar da gravidade da doença para as aves, o circovírus não oferece risco à saúde humana. Trata-se de um vírus específico dos psitacídeos, sem evidências de transmissão para pessoas ou outros grupos de animais domésticos. No entanto, o manuseio de aves infectadas ou suspeitas deve ser feito com o uso de equipamentos de proteção e seguindo protocolos sanitários adequados, para evitar a propagação entre animais.
O que fazer?
A prevenção é a principal aliada no combate ao circovírus. Algumas medidas recomendadas incluem:
Controle sanitário rigoroso em criadouros e centros de reabilitação;
Testagem e quarentena de animais recém-chegados;
Desinfecção regular de instalações e utensílios;
Evitar o contato entre aves de diferentes origens, especialmente silvestres e exóticas;
Monitoramento constante da fauna silvestre e denúncias de tráfico de animais.
O Brasil deu mais um passo importante para consolidar a proteção dos direitos animais. Nesta quarta-feira (30/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que proíbe o uso de animais vivos em testes laboratoriais para o desenvolvimento de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A aprovação ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
O presidente classificou a norma como uma lei que “defende a soberania animal”. “As criaturas que têm como habitat natural o planeta Terra não vão ser mais cobaias de experiências nesse país”, afirmou.
A instituição da norma, explicou a ministra, representa um marco para o país, que avança no fortalecimento de uma convivência mais justa e equilibrada entre humanos, animais e meio ambiente, a exemplo do que já é realidade em outros países. Para Marina, a medida não representa um custeio para a sociedade, mas, sim, “investimento em vida, civilidade e respeito”. “Quando nós aprendemos a proteger outras formas de vida e outras formas de existência, estamos demonstrando uma elevação em termos de humanidade”, enfatizou.
Marina Silva destacou ainda a participação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) na fundamentação técnica que resultou na aprovação do substitutivo do Projeto de Lei 3062/22 do Senado Federal na Câmara dos Deputados. A atuação incluiu o diálogo permanente com lideranças do Senado e da Câmara dos Deputados, e líderes do governo.
Além disso, o MMA promoveu escuta ativa e interlocução com entidades da sociedade civil de direitos animais e foi responsável por encaminhar às autoridades o abaixo-assinado com 1,68 milhão de assinaturas, reunidas na plataforma Change.org, em apoio ao PL.
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann; a ministra Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; a secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita; a diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais da pasta, Vanessa Negrini; e a primeira-dama Janja Lula da Silva acompanharam a cerimônia, além de parlamentares e representantes de instituições que atuam pelos direitos dos animais.
“Tivemos a oportunidade de contribuir para a construção dos consensos técnicos e institucionais que viabilizaram a aprovação final desse importante marco regulatório. Foi um processo que envolveu diálogo contínuo com órgãos de governo, representantes da sociedade civil, da indústria e lideranças partidárias no Congresso Nacional”, ponderou Vanessa Negrini. “Além de fortalecer o respeito aos animais, a lei deve impulsionar a competitividade das empresas brasileiras no mercado interno e em países internacionais que já exigem a proibição de testes em animais”, completou.
De autoria do ex-deputado Ricardo Izar, a pauta já havia sido debatida pela Câmara em 2014 (PL 6602/13). Em 2022, foi aprovado pelo Senado na forma do substitutivo do senador Alessandro Vieira. Já a aprovação final do PL na Câmara dos Deputados ocorreu no dia 9 de julho e contou com a relatório final do deputado Ruy Carneiro.
A sanção altera as Leis 11.794/08 e 6.360/76, que regulamentavam os procedimentos com uso científico de animais para testes.
A partir da publicação da lei, as autoridades sanitárias terão um prazo de dois anos para implementar medidas que, entre outros pontos, assegurem o reconhecimento dos métodos alternativos e adotem um plano estratégico para garantir a disseminação desses métodos no território nacional, além de estabelecerem medidas de fiscalização do uso de informações oriundas de testes.
A norma estabelece também que os produtos e ingredientes que tenham sido fabricados antes da vigência da lei poderão ser comercializados. Novos produtos obrigatoriamente não poderão mais testar em animais.
Grandes, pequenos, rebaixados, de pelo curto, pelo longo e com cores variadas. Os vira-latas, também chamados de sem raça definida (SRD), são conhecidos por sua diversidade, temperamento dócil e comportamento brincalhão, e viraram os queridinhos dos lares brasileiros. Estimativas de ONGs e entidades de proteção animal indicam que entre 60% e 70% das adoções em feiras e abrigos envolvem cães vira-latas. Eles já representam 32% dos cachorros e 52% dos gatos com tutores no País, segundo pesquisa da Quaest.
No Dia do Vira-Lata, celebrado em 31 de julho, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) chama a atenção da sociedade para a realidade dos animais sem raça definida, que representam a maioria dos cães e gatos abandonados no Brasil. De acordo com dados do Instituto Pet Brasil, cerca de 30 milhões de cães e gatos vivem em situação de rua ou em abrigos, sendo a grande maioria formada por vira-latas.
Para o presidente do CRMV-PB, médico-veterinário José Cecílio, a data é um convite à reflexão e ao cuidado responsável. “Cães e gatos sem raça definida merecem o mesmo cuidado e carinho que qualquer animal de raça. Eles precisam ser vacinados, vermifugados, castrados e devem visitar periodicamente o médico-veterinário para garantir uma vida saudável”, destaca.
O abandono e a reprodução descontrolada de cães e gatos SRD contribuem diretamente para o aumento da população de animais de rua. Por isso, o CRMV-PB reforça a importância dos programas de castração, sobretudo nas comunidades mais vulneráveis, como estratégia de saúde pública e bem-estar animal. “Animais nas ruas, sem cuidados, podem transmitir zoonoses e estão mais expostos a doenças como cinomose, parvovirose, esporotricose e leishmaniose. O controle populacional é uma questão de responsabilidade coletiva e de política pública eficaz”, completa José Cecílio.
A castração é essencial, mas não é o único cuidado necessário. A vacinação anual, a vermifugação regular e o acompanhamento veterinário também são fundamentais para manter a saúde desses animais. A adoção consciente é outro caminho para mudar esse cenário. “Antes de adotar um animal, é importante levar em consideração vários aspectos, como tempo, condição financeira e espaço em casa, pois, após a adoção, aquele animal passa a ser de sua responsabilidade pelos próximos anos de sua vida. É sempre bom lembrar que o abandono de animais é crime e pode render até prisão”, destacou José Cecílio.
Legislação
É crime abandonar animal doméstico. A Lei Federal nº 9.605/98 estabelece pena de prisão e multa, que podem ser aumentadas se o ato resultar na morte do animal. A Lei Federal nº 14.064/20 aumentou a pena de detenção, que antes era de até um ano, para até cinco anos para quem cometer esse crime.
Configura abandono de animais o ato de negligenciar as necessidades primordiais dos pets dentro de casa, como, por exemplo, mantê-los acorrentados, isolados, sem alimentação adequada ou impedidos de manifestar comportamentos naturais da espécie. Somam-se a esse quadro, ainda, más condições de higiene e saúde.
O que levar em consideração antes de adotar um animal:
Cães e gatos vivem, em média, 15 anos. Adotar é um compromisso para toda a vida.
Toda a família deve estar de acordo com a decisão de ter um animal.
Conheça o porte, temperamento e necessidades do animal quando adulto.
Avalie se você pode arcar com os custos de alimentação, vacinas, vermífugos e cuidados veterinários.
Tenha tempo para passeios, brincadeiras, carinho e atenção.
Verifique se sua casa tem espaço adequado e seguro.
Animais crescem, envelhecem e podem adoecer.
Cuidados com o seu animal de estimação:
Socialização: Estimule o contato com pessoas e outros animais desde cedo.
Saúde: Mantenha as vacinas, vermífugos e proteção contra pulgas e carrapatos em dia.
Castração: Castre machos e fêmeas para evitar crias indesejadas.
Viagens: Nunca abandone seu pet. Leve carteira de vacinação, atestado de saúde e transporte-o com segurança. Faça paradas regulares para água e necessidades.
Alimentação: Ofereça ração de qualidade adequada à espécie e idade, com água limpa e fresca sempre disponível.
Ambiente: Proporcione um local limpo, protegido do sol, da chuva e do vento. Nunca o mantenha preso por correntes.
Higiene: Realize banhos e escovações conforme orientação do médico-veterinário.
Passeios: Leve seu cão para passear com coleira e guia todos os dias. Nunca o deixe solto na rua.
Identificação: Use plaqueta de identificação e, se possível, microchip.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) participou de uma operação de fiscalização que resultou na interdição de um espaço onde 32 cães foram encontrados em condições de maus-tratos, no bairro José Américo, em João Pessoa. A ação foi conduzida pela Secretaria de Cuidado e Proteção Animal da Capital, com apoio da Polícia Militar, da Guarda Civil Metropolitana e do CRMV-PB.
No local, os animais — incluindo filhotes — estavam confinados em ambiente sem ventilação adequada, com higiene precária e espaço reduzido, além de apresentarem sinais evidentes de enfermidades, como sarna, carrapatos e piolhos. Diante das condições, foi emitido um Termo de Constatação atestando a insalubridade do ambiente e o sofrimento físico e emocional causado pelo confinamento, o que caracteriza maus-tratos.
Embora o imóvel não possuísse nenhuma identificação externa, havia publicações em redes sociais indicando possível oferta de cães de raça para venda. No entanto, ainda não foi confirmado se se trata formalmente de um canil comercial. O caso segue sob apuração.
Durante a fiscalização, foram encontradas vacinas no local e, ao ser questionado sobre a assistência veterinária, o responsável afirmou que ele próprio cuidava e medicava os animais. Essa informação levanta suspeita de exercício ilegal da profissão de médico-veterinário, uma vez que a aplicação de vacinas e outros procedimentos clínicos são atos privativos de profissional habilitado.
O coordenador do setor de fiscalização do CRMV-PB, o médico-veterinário José Augusto, reforçou a gravidade da situação:
“O ambiente era insalubre e com espaço totalmente inadequado para a quantidade de animais presentes. As condições encontradas configuram maus-tratos, principalmente pelo estresse físico e psicológico causado pelo tipo de confinamento ao qual os cães estavam submetidos.”
O CRMV-PB lembra que qualquer canil com finalidade comercial deve obrigatoriamente contar com um Responsável Técnico (RT) regularmente inscrito e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do canil deve estar homologada e válida perante o Conselho conforme estabelece a legislação vigente. A ausência dessas normas compromete o bem-estar animal e constitui infração ética e legal.
Todos os animais foram resgatados e estão recebendo atendimento na Clínica e Hospital do Pet, sob tutela da Secretaria de Cuidado e Proteção Animal, até que a Justiça defina sua destinação.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), José Cecílio, foi empossado como conselheiro do Sistema Faepa/Senar durante a cerimônia de posse da nova diretoria da instituição para o triênio 2025/2029, realizada nesta segunda-feira (28), em João Pessoa.
O evento contou com a presença de diversas autoridades, lideranças políticas e representantes de entidades ligadas ao setor agropecuário.
Mário Borba foi reconduzido à presidência da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PB) para o quadriênio 2025/2029. Ele destacou a importância do setor produtivo para o desenvolvimento da Paraíba e do Brasil. “O agro movimenta a economia, gera emprego e renda, e precisa continuar sendo valorizado como setor estratégico para o país”, afirmou.
Cecílio ressaltou a relevância da parceria entre o CRMV-PB e o Sistema Faepa/Senar para fortalecer a atuação técnica e profissional no campo. “Essa integração é essencial para promover o desenvolvimento sustentável no meio rural, com responsabilidade e qualificação”, disse.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) manifesta profundo pesar pelo falecimento do médico-veterinário Zeno Fixina, ocorrido nesta sexta-feira (25). Ele era amplamente reconhecido pela sua dedicação à profissão e pelas significativas contribuições ao fortalecimento da Medicina Veterinária no estado.
Ao longo de sua trajetória, Zeno Fixina construiu uma carreira marcada pelo compromisso ético, pela excelência profissional e pela defesa dos valores que norteiam a Medicina Veterinária. Sua atuação foi reconhecida em diversas ocasiões, inclusive com homenagens prestadas pelo próprio CRMV-PB.
O presidente do Conselho, José Cecílio, destacou a importância de sua contribuição para a classe. “Dr. Zeno foi um exemplo de dedicação à Medicina Veterinária. Sua história inspira não só os que tiveram a honra de conviver com ele, mas também as novas gerações de profissionais. O legado que ele deixa é motivo de orgulho para todos nós
O CRMV-PB se solidariza com os familiares, amigos e colegas de profissão, reafirmando seu respeito e gratidão pela trajetória de um dos grandes nomes da Medicina Veterinária paraibana.
Por unanimidade, diretores e conselheiros do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) aprovaram em plenária, nesta quarta-feira (23), a criação do Prêmio Nacional de Fiscalização Presidente Francisco Cavalcanti de Almeida. A iniciativa reconhece, valoriza e incentiva boas práticas desenvolvidas pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) e por fiscais que atuam na atividade-fim de fiscalização profissional em todo o país. A data da primeira edição ainda será definida.
A premiação leva o nome do ex-presidente do CFMV em homenagem à sua trajetória institucional e ao legado deixado na valorização da fiscalização e da ética profissional. A proposta foi relatada pela presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida.
O prêmio será concedido anualmente, preferencialmente durante eventos voltados à área de fiscalização, e abrangerá cinco categorias principais, além de uma menção honrosa:
Categorias do Prêmio
1.Investimento em Fiscalização
Reconhece o CRMV que mais investiu proporcionalmente em fiscalização, com base no percentual do orçamento efetivamente executado nessa área.
2.Incentivo à Capacitação em Fiscalização
Premia o regional com maior participação de fiscais em treinamentos oferecidos pelo CFMV, refletindo o compromisso com a formação continuada e a qualificação técnica.
3.Destaque de Ação Fiscalizatória
Concede reconhecimento à ação fiscal que se destacar nacionalmente por sua relevância, inovação, impacto institucional ou proteção à sociedade.
4.Transparência das Ações de Fiscalização
Valoriza os conselhos regionais que mantêm maior clareza e atualização das atividades fiscalizatórias em seus Portais da Transparência, segundo critérios objetivos alinhados às normas do Tribunal de Contas da União (TCU).
5.Fiscal Destaque do Ano
Premiação individual a um fiscal do Sistema CFMV/CRMVs que se sobressaia por sua contribuição, cooperação e resultados na atuação em campo.
Além das cinco categorias, a premiação concederá Menção Honrosa aos fiscais com 25 anos ou mais de atuação na fiscalização do Sistema, desde que sem histórico de penalidades disciplinares.
Compromisso com a governança e a melhoria contínua
Com critérios claros, técnicos e auditáveis, o Prêmio Nacional de Fiscalização Presidente Francisco Cavalcanti de Almeida se alinha a diretrizes de governança, integridade e planejamento estratégico do Sistema CFMV/CRMVs. A iniciativa também visa fortalecer a cultura da cooperação entre os regionais, estimulando o compartilhamento de experiências exitosas, a inovação e a replicação de boas práticas em todo o território nacional.
As regras específicas de cada edição – como prazos, formato de inscrição e detalhes sobre a entrega da premiação – serão definidas por instrumento próprio da Presidência do CFMV.
“Mais do que um reconhecimento, este prêmio é uma estratégia de fortalecimento institucional, que estimula a excelência da fiscalização em benefício da sociedade e da valorização profissional. E é uma homenagem mais que justa a um presidente que dedicou sua vida ao Sistema, que acreditava profundamente na força da fiscalização como instrumento de transformação. Francisco Cavalcanti de Almeida foi um exemplo de coragem, visão e compromisso com a classe veterinária e zootécnica brasileira. Dar seu nome ao prêmio é eternizar esse legado”, destacou a presidente do CFMV, Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida.
Atendendo a uma solicitação do Ministério Público da Paraíba, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou uma inspeção no canil municipal de Água Branca. A ação resultou na emissão de um auto de infração e na elaboração de um relatório técnico que será encaminhado ao órgão ministerial.
Durante a vistoria, os fiscais da autarquia federal identificaram diversas irregularidades, incluindo a ausência de um médico-veterinário devidamente registrado como responsável técnico pela unidade.
No local, foram encontrados 27 cães em condições precárias, muitos deles doentes e em estado de caquexia (extrema magreza). O canil não possui energia elétrica nem água encanada. A água disponível para os animais estava contaminada, e o ambiente apresentava grande acúmulo de fezes, caracterizando um cenário insalubre.
O chefe do setor de Fiscalização do CRMV-PB, o médico-veterinário José Augusto, lamentou a situação. “Constatamos um cenário que não proporcionava bem-estar aos animais recolhidos. Os cães estão soltos em um pátio, sem acompanhamento adequado, mesmo havendo baias que poderiam ser utilizadas”, relatou.
José Augusto ressaltou ainda a importância da presença de um responsável técnico. “Estruturas como canis municipais precisam, obrigatoriamente, de um médico-veterinário registrado no CRMV-PB. Esse profissional é quem garante o funcionamento adequado da unidade e assegura que os animais recebam os cuidados necessários, dentro dos princípios do bem-estar animal”, afirmou.