‘Só querem namorar’: bichinhos de chuva invadem casas, mas não representam risco à saúde
Assessoria de Comunicação CRMV-PB.
Assessoria de Comunicação CRMV-PB.
Seis em cada dez doenças infecciosas que acometem seres humanos têm origem em animais, segundo dados do Ministério da Saúde. Estima-se que existam mais de 200 zoonoses conhecidas em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% dos novos agentes infecciosos que surgiram nas últimas três décadas têm origem animal. Neste 6 de julho, Dia Mundial das Zoonoses, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) reforça que prevenir e controlar essas doenças é uma estratégia fundamental para preservar a saúde pública, proteger a produção animal e garantir a segurança dos alimentos.
As zoonoses são doenças que podem ser transmitidas entre animais e pessoas, por meio de contato direto, exposição a secreções, picadas de vetores como mosquitos e carrapatos, ou ainda pela ingestão de alimentos contaminados. No Brasil, as mais frequentes incluem raiva, leptospirose, leishmaniose, febre amarela, toxoplasmose, salmonelose, brucelose, esquistossomose, gripe aviária e, mais recentemente, a covid-19 — cuja origem está relacionada à transmissão entre espécies.
Médicos-veterinários e zootecnistas desempenham funções estratégicas no enfrentamento dessas enfermidades. Os médicos-veterinários atuam desde o diagnóstico de doenças em animais até a vigilância de produtos de origem animal, passando por ações de conscientização junto à população e desenvolvimento de pesquisas voltadas à saúde coletiva. Já os zootecnistas têm papel fundamental na gestão sanitária dos rebanhos, aplicando técnicas de manejo, biossegurança e melhoramento genético que contribuem para reduzir a ocorrência e disseminação de doenças.
O presidente do CRMV-PB, médico-veterinário José Cecílio, reforça a importância da atuação conjunta desses profissionais. “A atuação do médico-veterinário vai muito além do cuidado com os animais de estimação. Nós somos responsáveis por garantir a sanidade dos rebanhos, o controle dos alimentos de origem animal e o acompanhamento epidemiológico de doenças. E, ao lado dos zootecnistas, que atuam no manejo, planejamento e melhoramento genético dos animais, contribuímos diretamente para a prevenção de zoonoses e para a promoção da saúde pública”, afirma.
Já o médico-veterinário Wilson Wouflan, integrante da Comissão Nacional de Uma Só Saúde, ressalta que é necessário adotar uma abordagem ampla e integrada para combater essas doenças. “A saúde humana, animal e ambiental estão conectadas. Quando ocorre um desequilíbrio em uma dessas áreas, todas são afetadas. Médicos-veterinários e zootecnistas atuam juntos na prevenção, vigilância e orientação da sociedade, desempenhando papel essencial nesse sistema interdependente”, explica.
Wouflan destaca ainda que ações cotidianas têm grande impacto na prevenção das zoonoses: manter os animais vacinados, aplicar práticas de higiene, combater vetores e buscar orientação profissional diante de sinais clínicos em animais ou pessoas são medidas eficazes e acessíveis para evitar a propagação dessas doenças.
A Polícia Civil da Paraíba, em conjunto com o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB), realizou uma ação no município de São Bento para apurar a prática de exercício ilegal da profissão de médico-veterinário por parte de um estudante que não possui formação ou registro profissional, além da comercialização irregular de medicamentos veterinários.
A operação foi coordenada pelo delegado Rafael Muniz e contou com o apoio do médico-veterinário José Augusto, chefe do setor de fiscalização do CRMV-PB, e do fiscal José Leandro. A ação resultou na condução de dois envolvidos à unidade policial e na apreensão de produtos e medicamentos de uso veterinário comercializados de forma irregular. A ocorrência foi deflagrada após a morte de dois cães que teriam sido submetidos a procedimentos cirúrgicos por pessoa não habilitada.
De acordo com a investigação, o estudante realizava procedimentos clínicos, cirurgias, atendimentos em campo e vacinações, além de se apresentar nas redes sociais como médico-veterinário. Ele teria realizado a castração de três cadelas. Duas delas morreram após o procedimento e a terceira foi levada a uma clínica veterinária, onde recebeu atendimento.
A denúncia foi apresentada à Polícia Civil pela tutora dos animais que vieram a óbito, o que resultou na abertura de um inquérito. A investigação, iniciada em abril, já reuniu diversos elementos de prova. Durante a ação, foram apreendidos equipamentos de odontologia equina, anestésico local e anestésico geral.
O investigado possui um estabelecimento registrado no CRMV-PB como farmácia veterinária/agropecuária que tem uma médica-veterinária como responsável técnica. Lá estariam sendo comercializados medicamentos de forma irregular. A responsável técnica pela farmácia foi ouvida pelo Polícia e o caso será apurado pelo conselho profissional para que as devidas providências sejam tomadas.
O médico-veterinário José Augusto destacou a importância de que denúncias bem fundamentadas sejam encaminhadas às autoridades competentes, ressaltando que cabe ao CRMV-PB a função de proteger a sociedade e garantir o exercício regular da Medicina Veterinária. Ao final da operação, ele agradeceu à Polícia Civil e aos fiscais envolvidos pela atuação conjunta.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) marcou presença na cerimônia de colação de grau dos alunos do curso de Medicina Veterinária da Unifip, realizada em Patos. O Conselho foi representado pelo médico-veterinário e tesoureiro da autarquia, Wilson Wouflan.
Durante a solenidade, Wilson Wouflan discursou em nome do CRMV-PB, destacando a importância da formação presencial e a responsabilidade que cada novo profissional passa a assumir a partir deste momento.
“Hoje, vocês deixam de ser apenas estudantes. Agora passam a ser médicos-veterinários. E essa transição carrega um significado muito maior do que a simples obtenção de um diploma”, afirmou. Ele ressaltou o papel essencial da Medicina Veterinária na sociedade, lembrando que o profissional da área atua não apenas em clínicas e hospitais veterinários, mas também em setores como saúde pública, segurança alimentar, defesa sanitária e pesquisa científica.
Wouflan reforçou que o médico-veterinário é, por essência, um profissional da saúde e um dos protagonistas da “Uma Só Saúde”, conceito que integra a saúde animal, a saúde humana e a saúde ambiental. “Somos responsáveis pelo cuidado com os animais, mas também atuamos diretamente na prevenção de zoonoses, na segurança dos alimentos e na vigilância epidemiológica. Nosso trabalho impacta diretamente a saúde de toda a sociedade”, destacou.
O representante do Conselho também enfatizou o compromisso do Sistema CFMV/CRMVs com a qualidade da formação dos futuros médicos-veterinários e fez um alerta contra os cursos de Medicina Veterinária oferecidos na modalidade de Ensino a Distância (EaD).
“Não é possível formar um profissional que cuida de vidas de forma remota, sem prática, sem vivência real. A nossa profissão precisa e merece respeito!”, ressaltou Wilson Wouflan.
Ele reforçou que o CRMV-PB e o Sistema CFMV/CRMVs seguem firmes na luta pela valorização da Medicina Veterinária, pela fiscalização do exercício profissional e pela garantia de uma formação sólida e de qualidade.
Encerrando sua fala, Wouflan deixou uma mensagem de responsabilidade e ética para os novos colegas de profissão. “A partir de hoje, cada atitude de vocês vai refletir não só a sua competência individual, mas também a imagem da nossa profissão como um todo. Que vocês sejam motivo de orgulho para a Medicina Veterinária e trilhem uma carreira de muito sucesso”, finalizou.
Pela primeira vez em mais de duas décadas, a Medicina Veterinária e a Zootecnia passam a contar com novas regras para a divulgação ética e responsável de serviços profissionais. O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou, nesta quarta-feira (18), no Diário Oficial da União, a Resolução nº 1.649/2025, que substitui a antiga norma vigente desde 2004 e estabelece critérios claros para a propaganda e publicidade no exercício das profissões.
O objetivo da atualização é orientar médicos-veterinários e zootecnistas diante das transformações do ambiente digital e garantir que a comunicação com a sociedade ocorra de forma ética, transparente e alinhada à responsabilidade técnica exigida dessas áreas.
A Resolução nº 1.649/2025 é resultado de um processo de construção coletiva, que incluiu consulta pública conduzida pelo Grupo de Trabalho sobre Publicidade do CFMV. A participação da sociedade e de profissionais das duas categorias foi fundamental para atualizar a norma com base nas demandas atuais, garantindo equilíbrio entre liberdade de divulgação e responsabilidade ética.
Para a presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida, a publicação da nova norma representa um avanço necessário. “Vivemos uma realidade muito diferente da de 2004. Hoje, redes sociais e plataformas digitais são ferramentas de trabalho e visibilidade profissional. A resolução chega para atualizar a forma como nos comunicamos com a sociedade, preservando os princípios éticos e a credibilidade de nossas profissões”, afirma.
A Resolução nº 1.649/2025, que entra em vigor 120 dias após sua publicação, detalha o que é permitido e o que é vedado em ações publicitárias. Estão entre as práticas proibidas a propaganda enganosa, abusiva ou sensacionalista, concorrência desleal, venda casada e a divulgação de promessas de resultados sem base científica.
A norma também determina que os profissionais são eticamente responsáveis por todo o conteúdo que divulgam — inclusive por materiais de terceiros que venham a compartilhar. Além disso, os estabelecimentos devem sempre identificar o responsável técnico nos materiais publicitários e manter o certificado de registro visível ao público.
Outro avanço é a possibilidade de os Conselhos Regionais manterem comissões específicas para analisar casos relacionados à publicidade e orientar os profissionais. Caso sejam identificadas irregularidades, os envolvidos serão notificados para se adequar. A persistência na conduta pode levar à abertura de processo ético-disciplinar.
Com a nova resolução, o Sistema CFMV/CRMVs reafirma seu papel de orientar e fiscalizar o exercício profissional, promovendo uma atuação ética, qualificada e em sintonia com as transformações da sociedade.
📄 A íntegra da norma está disponível em:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-1.649-de-13-de-junho-de-2025-636860154
*Confira as regras*
✅ *O que PODE?*
✔ Divulgação de serviços e especialidades, desde que com informações verdadeiras e éticas.
✔ Divulgação do nome completo, número de inscrição no CRMV e qualificação profissional.
✔ Compartilhar conteúdos educativos, científicos e de conscientização.
✔ Divulgação de cursos, especializações e formações, desde que verdadeiras e sem induzir a erro.
✔ Participação em eventos, entrevistas e ações de divulgação, sempre com postura ética.
🚫 *O que NÃO PODE?*
❌ Fazer propaganda enganosa, sensacionalista ou abusiva.
❌ Divulgar promessas de resultado garantido
❌ Divulgar tratamentos, métodos ou técnicas sem comprovação científica.
❌ Fazer publicidade que configure concorrência desleal, preços predatórios ou venda casada.
⚠️ *Cuidados importantes na sua comunicação*
📌 Divulgue apenas produtos e equipamentos devidamente registrados nos órgãos competentes. Isso garante segurança para você e seus pacientes.
📌 Mantenha seus documentos técnicos neutros, sem incluir ou associar logomarcas ou nomes terceiros. O foco deve ser a informação profissional.
📌 Proteja a imagem e os dados dos pacientes e responsáveis. Não compartilhe fotos de pacientes sem autorização, desrespeitando o Código Civil e a LGPD.
📌 Reposte com responsabilidade. Ao compartilhar conteúdos de terceiros, lembre-se: você passa a ser responsável pelas informações.
O São João de 2025 na Paraíba marca um novo capítulo na história da proteção animal e saúde pública. Pela primeira vez, os eventos juninos acontecem sob a vigência da Lei 13.235/2025, que proíbe a fabricação, comercialização, transporte, armazenamento e uso de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam poluição sonora.
A nova legislação é resultado de um longo processo de mobilização social e institucional, por meio do movimento ‘Brilho Sim, Barulho Não’. O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) fez parte desta iniciativa, que resultou na lei de autoria da deputada estadual Dra. Paula. A medida também atendeu um apelo das pessoas que têm problemas com barulho como bebês, idosos e autistas.
O presidente do CRMV-PB, o médico-veterinário José Cecílio, reforça os inúmeros prejuízos que os estampidos de fogos causam aos animais. “Os fogos com barulho geram um sofrimento imenso para os animais. Cães e gatos, por exemplo, podem entrar em estado de pânico, com taquicardia, tremores, salivação excessiva, crises de ansiedade e até convulsões. Muitos fogem desesperados, o que aumenta os casos de atropelamentos e desaparecimentos”, alerta.
O impacto também afeta a fauna silvestre. Segundo o CRMV-PB, aves podem abandonar ninhos e filhotes após os estouros, enquanto animais silvestres de outras espécies podem sofrer desorientação, acidentes e até morte por estresse agudo. “Os animais não têm como entender o motivo do barulho. O medo que eles sentem é intenso e incontrolável. Essa lei representa um grande avanço na proteção dos animais”, acrescenta José Cecílio.
Além da proteção animal, a proibição também beneficia pessoas com transtorno do espectro autista, idosos, pacientes hospitalizados e outras populações sensíveis aos ruídos.
A fiscalização da nova lei será realizada pela Sudema, pelo Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar da Paraíba e pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente. O descumprimento pode gerar multas.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta terça-feira (17), mais uma solenidade de entrega de carteiras profissionais, desta vez no município de Sousa, no Sertão paraibano. O evento marcou oficialmente a inserção de novos médicos-veterinários e zootecnistas ao Sistema CFMV/CRMVs.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente do CRMV-PB, José Cecílio, com a participação da conselheira Lisanka Ângelo. Durante o encontro, o presidente apresentou a estrutura organizacional do Sistema CFMV/CRMVs, destacando o papel do Conselho na orientação, fiscalização e valorização das profissões.
“O Conselho não é apenas um órgão fiscalizador, mas também um espaço de apoio e valorização profissional. Aqui, os profissionais encontram suporte, capacitação e defesa institucional. Nosso compromisso é com a sociedade e com a qualidade dos serviços prestados por médicos-veterinários e zootecnistas”, afirmou José Cecílio.
Além de apresentar a estrutura do Sistema, o presidente falou sobre o Código de Ética Profissional, reforçando a responsabilidade que os novos inscritos assumem a partir da entrega da carteira. José Cecílio também destacou as diversas possibilidades de atuação disponíveis para médicos-veterinários e zootecnistas.
“São muitas as áreas onde vocês podem construir suas carreiras: saúde pública, produção animal, tecnologia de alimentos, clínica de pequenos e grandes animais, inspeção, perícia, ensino, pesquisa, entre tantas outras. O importante é exercer a profissão com ética, responsabilidade e compromisso com a sociedade”, completou.
A conselheira Lisanka Ângelo também deu as boas-vindas aos novos profissionais, reforçando a importância do envolvimento com o Conselho e com o fortalecimento das categorias. “O CRMV-PB é a casa de vocês. Participem das atividades, acompanhem as ações e estejam sempre em busca de atualização. O mercado valoriza profissionais preparados e éticos”, destacou Lisanka.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) realizou, nesta quinta-feira (13), uma solenidade de entrega de carteiras profissionais a novos médicos-veterinários e zootecnistas no campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Areia. O evento marcou o início oficial da atuação desses profissionais e reforçou o compromisso ético com as respectivas áreas.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente do CRMV-PB, José Cecílio, que apresentou a estrutura e as atribuições do Conselho, destacando a importância da atuação ética e responsável nas profissões. Em sua fala, ele explicou os principais pontos do Código de Ética Profissional e ressaltou o papel do conselho como órgão fiscalizador e orientador.
“O CRMV-PB não é apenas um órgão fiscalizador. É uma casa que acolhe, orienta e defende o bom exercício das profissões. A ética é o que diferencia o bom profissional, e o respeito à sociedade é o nosso maior compromisso”, afirmou José Cecílio.
Além do presidente, participaram da solenidade o médico-veterinário Wilson Wouflan, tesoureiro do CRMV-PB, e a zootecnista Larissa Morais, conselheira titular da autarquia.
Wilson Wouflan destacou a relevância social da Medicina Veterinária e o vasto campo de atuação dos profissionais da área. “Ser médico-veterinário é zelar pela saúde animal, humana e ambiental. É uma profissão que impacta diretamente a vida das pessoas, seja na produção de alimentos, na saúde pública ou no bem-estar animal”, ressaltou.
A zootecnista Larissa Morais reforçou a importância do zootecnista no desenvolvimento da agropecuária brasileira. “O zootecnista tem um papel estratégico na produção animal eficiente e sustentável. Somos fundamentais para garantir alimentos de qualidade, produtividade e bem-estar animal, sempre respeitando o meio ambiente”, pontuou.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba (CRMV-PB) realizou sua 304ª Sessão Plenária Ordinária nesta sexta-feira (13). A reunião foi realizada no auditório central do campus de Areia da Universidade Federal da Paraíba.
Durante o encontro, os conselheiros deliberaram sobre 187 processos, entre eles inscrições primárias de profissionais, cancelamentos de inscrição, reativação, transferência e registros de pessoas jurídicas. Também foram analisados registros de 15 vaquejadas e dois projetos de castração, sendo um em Mamanguape e outro em São Bento.
A sessão contou ainda com a leitura e discussão da ata da 303ª sessão, comunicações da presidência, vice-presidência, secretaria-geral, tesouraria e dos conselheiros, além da definição da data da 305ª Sessão Plenária Ordinária.
Outros 73 processos se referiam a justificativas eleitorais de médicos-veterinários e zootecnistas que não participaram das eleições do triênio 2025–2028, e foram submetidos à análise do plenário. Também foram apreciadas defesas e recursos relacionados a autos de infração e multas.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) apresentou, durante o período de consulta pública promovido pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), uma proposta de alteração ao Art. 7 da minuta de resolução que trata do atendimento médico-veterinário domiciliar para animais domésticos.
A sugestão foi elaborada e encaminhada pelo conselheiro do CRMV-PB, Altamir Costa, e trata especificamente da sedação em domicílio. A proposta estabelece critérios para a realização do procedimento, condicionando-o a situações específicas e à adoção de medidas de segurança clínica e legal.
Segundo o texto, a sedação em ambiente domiciliar só poderá ser realizada quando houver indicação clínica justificada e registrada em prontuário, após esgotadas outras formas de contenção. Também será permitida quando o transporte representar risco à saúde ou segurança do animal, do paciente ou da equipe, além de casos de animais agressivos, com fobias graves ou em cuidados paliativos.
A proposta ainda reforça que é responsabilidade do médico-veterinário avaliar previamente os riscos da sedação, selecionar o protocolo farmacológico adequado ao histórico e às condições clínicas do animal, garantir a disponibilidade de materiais de suporte e medicamentos, inclusive fármacos reversores e insumos para emergências, além de monitorar o paciente até sua plena recuperação. O profissional também deve obter o termo de consentimento assinado pelo responsável legal pelo animal.
“A proposta busca assegurar que a sedação em domicílio ocorra dentro de critérios técnicos e com respaldo legal. A atuação do médico-veterinário deve ser pautada na segurança do paciente, na justificativa clínica e na documentação adequada”, afirmou Altamir Costa, conselheiro do CRMV-PB responsável pela sugestão.
Para o presidente do CRMV-PB, José Cecílio, a participação do conselho na construção de normas é parte do compromisso institucional com a categoria. “Nosso papel é contribuir tecnicamente sempre que há oportunidade de diálogo com os órgãos reguladores. Essa sugestão reforça a importância da medicina veterinária realizada com responsabilidade, mesmo fora do ambiente clínico tradicional”, declarou.
Com o encerramento da consulta pública, o CFMV iniciará a análise das sugestões recebidas. A nova resolução será publicada após a conclusão dessa etapa.